A porcentagem de participação de carne, pescados e vísceras na cesta básica das famílias brasileiras tem mudado.
Em 2003 a participação média era de 18,3%, o que correspondia a R$55,54 mensais e em 2009 passou para 21,9%, correspondendo a R$92,59 mensais.
Em 2011 estima-se essa participação em 23,75% (com dados do USDA), correspondendo a aproximadamente R$119,44 (com dados da Scot Consultoria). Vamos ver quem acertou, na próxima pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Produtos como leite e derivados caíram de 11,9% para 11,5%, bem como o de panificados, que caíram de 10,9% para 10,4%. Caíram, também, os gastos com cereais, leguminosas e oleaginosas (10,4% para 8,0%); açúcares e derivados (5,9% para 4,6%) e aves e ovos (7,1% para 6,9%). Cresceram os gastos com frutas (4,2% para 4,6%) e bebidas e infusões (8,5% para 9,7%).
Apresentamos abaixo os dados das pesquisas realizadas em 2003 e 2009.
2003
Na pesquisa publicada em 2003 realizada pelo IBGE, a alimentação era responsável por 20,6% dos gastos totais das famílias brasileiras sendo que na área rural esse valor era de 33,8% e na área urbana de 19,5%.
Nas tabelas abaixo podemos observar os gastos totais das famílias brasileiras, quanto destes era gasto com alimentação e quanto dos gastos com alimentação eram destinados ao consumo de carnes, vísceras e pescados.
Na tabela 1 está a média Brasil, na tabela 2 a média na área rural e na tabela 3 a média na área urbana.
Na área rural o gasto mensal com carnes, vísceras e pescados em valores percentuais era 1,15% maior que na área urbana. Em valores absolutos isto significa R$0,64 a mais.
2009
De acordo com a pesquisa de orçamentos familiares publicada em 2009 a família brasileira gastava R$2.626,31 por mês, em média. A alimentação era responsável por 16,1% das despesas totais e 19,8% das despesas de consumo.
Na tabela 4 observamos a média Brasil, na tabela 5 a média na área rural e na tabela 6 a média na área urbana.
O grupo composto pelas carnes, vísceras e pescados lidera os gastos com alimentação, tanto na média do país (21,9%) quanto nas áreas urbana (21,3%) e rural (25,2%).
A seguir, na área urbana, vem leite e derivados (11,9%), panificados (11,0%) e bebidas e infusões (10,0%). Na área rural, vêm os cereais, leguminosas e oleaginosas (13,1%), o leite e derivados (8,7%) e aves e ovos (8,5%).
A carne bovina é o sexto alimento mais consumido no Brasil (em consumo per capita), com uma média de 63,2g. Os alimentos mais consumidos são café, feijão, arroz, sucos e refrigerantes, nesta ordem.
Estimativas para 2010 e 2011
Os gastos com alimentação estimados para 2010 foram de R$482,75, sendo que deste total, R$110,55 foram gastos com carnes, vísceras e pescados.
Isso significa um aumento de 19,4% nos gastos com carnes, vísceras e pescados em relação a 2009.
Já para este ano, os gastos com alimentação devem chegar a R$502,60, sendo que deste total, R$119,44 são gastos com carnes, vísceras e pescados (tabela 8).
As previsões foram feitas considerando a variação de preço das carnes no varejo e o consumo
per capita nos últimos três anos.
Final
Veja na tabela 9 uma comparação entre as pesquisas publicadas em 2003 e 2009. Os gastos com carnes aumentaram 66,7% em valores absolutos. O incremento para a alimentação foi de 39,3% comparativamente.
Na tabela 10 foi feita uma comparação dos dados da pesquisa publicada em 2009 com os dados estimados para 2010 e previsão para 2011. A diferença percentual dos gastos com carnes, vísceras e pescados supera a variação dos gastos totais com alimentação, demonstrando incremento da carne na cesta básica brasileira.
O aumento de renda favorece o consumo de carnes, aumentando a participação destes produtos na dieta da população.
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