Os preços da soja em Chicago ultrapassaram a barreira dos US$14,00/bushel (o que significa acima de US$31,00/saca) e mantiveram a tendência de alta principalmente devido às previsões de redução na safra americana. Com isso, os EUA necessitarão conter as exportações, pois passarão por uma situação de estoque/consumo abaixo de 5%, mesmo considerando as estimativas mais otimistas de produção como do USDA. Assim, existem condições para a manutenção destes preços ou até aumentarem para atingir a casa dos US$15-16,00/bushel. De um modo geral, a expectativa da definição da safra americana é muito grande e o relatório do USDA sobre a situação da safra diminuiu mais um ponto das lavouras consideradas como “boas ou excelente”, somando agora 56% contra 57% na semana anterior, enquanto no ano passado era de 64%.
Por aqui o quadro também é muito positivo no mercado físico, com o preço CEPEA – Paranaguá atingindo R$52,42/sc, equivalendo a US$32,04/sc no final do mês, destacando que o mercado nacional apresenta boa liquidez e assim os vendedores encontram facilidade de negociação dos estoques e podem aproveitar a expressiva alta nos preços.
Nesta fase final de definições de plantio, as estimativas são de que o Paraná aumentará a área plantada de milho, mas com pouca redução na área de soja que pode atingir o mesmo teto do ano passado. No total, as previsões de área plantada de milho na safra de verão são de 8,2 a 8,3 milhões de hectares, contra 7,66 milhões no ano anterior.
O plantio de soja no Brasil, conforme a média das previsões de várias consultorias indica um aumento próximo a 800 mil hectares e que ocorrerá principalmente no centro-oeste e o MT terá uma boa participação neste aumento.
Nitrogênio
Os preços dos fertilizantes nitrogenados continuam relativamente estáveis, com pequena variação apenas nos preços da ureia e que pode ser motivada ainda pela elevada demanda da Índia.
Em contrapartida, neste momento o sulfato de amônio apresenta paridade de preços muito vantajosa, com valores FOB abaixo do custo do N da ureia, e, apesar dos maiores custos com fretes e despesas de internamento, apresenta a vantagem de menor risco de perdas e ainda um alto teor de enxofre, sendo mais interessante o seu uso. Diante deste quadro, já é um bom momento para aquisição de sulfato de amônio com vistas ao plantio de algodão e milho safrinha.
Fosfatados
Continua em franca estabilidade, não sendo indicadas variações nos preços praticados nos principais mercados internacionais.
O desembarque de fertilizantes em agosto continuou bastante elevado e certamente as condições de abastecimento estão bem cobertas, continuando a contratação de novos embarques nos níveis de preços acima como indicado pela confirmação de embarques para o Brasil de 60.000 t de MAP em setembro pela OCP com preços na faixa de US$700-705,00 CIF.
Potássio
Dentro de uma expectativa de ajuste nos preços do cloreto de potássio, as indicações nesta semana já mostram valores mínimos mais altos.
Isso é uma mostra que os fornecedores estão firmes no propósito de elevarem seus preços e estão com as negociações para os embarques do último trimestre do ano parados na espera de negociação com preços maiores, sendo esperados aumentos de US$30 – 50,00/t e assim, é de se esperar que a faixa de preços alcance US$560 – 600,00 em breve.
É o caso de ficar atento com o abastecimento que pode indicar uma situação suficiente já contratada e estacionarem as vendas diante de preços mais altos ou caso exista continuidade nas compras com preços mais altos, esperar pelo pior que é a continuidade dos reajustes mesmo antes do esperado que é o primeiro trimestre de 2012.