Amazônida, engenheiro agrônomo geomensor, pós-graduado em Gestão Econômica do Meio Ambiente (mestrado) e Geoprocessamento (especialização).
Produtores rurais de Goiás que sustentam a economia do estado, muitos dos quais jamais receberam a visita de um agente do governo com orientações técnicas, são arrolados em inquéritos policiais sob suspeita de provocarem prejuízos ao meio ambiente.
Esta é uma das razões pelas quais o fundamentalismo ambiental está sendo atropelado pela realidade no debate sobre o Código Florestal. Eles buscam a preservação a qualquer custo. Nesta busca jogam apenas os rigores do governo contra os "culpados". Milhares de produtores rurais são multados e perseguidos como criminosos.
Embora produzir e preservar sejam atividades perfeitamente compatíveis essa postura de guerra contra a produção dos fundamentalistas de maio ambiente as divide e as joga em campos de batalha opostos. Seria muito mais eficaz e efetivo se o estado procurasse esses produtores buscando soluções em conjunto. Oferecendo recursos, orientação técnica, financiamento, para a recuperação e manutenção das áreas.
Ao invés de uma postura colaborativa, o Estado que jamais ofereceu orientação alguma aos produtores, que incentivou e financiou a expansão da fronteira agrícola, que se beneficia dos superávits sustentados por essa agricultura, manda apenas a polícia, o IBAMA, as ONGs e outras facções de ambientalistas radicais em seu encalço.
A reconciliação entre produção e preservação não depende apenas de uma mudança de postura dos produtores rurais, depende também de uma mudança de postura dos ambientalistas.
Em tempo, pela reportagem acima a policia encontrou também erosões em áreas públicas, dentro de unidades de conservação. E aí? Vai cobrar do Estado? Vai processar quem? Quem vai ser punido? Quem vai cobrar a recuperação das erosões em áreas de responsabilidade do Instituto Chico Mendes?