O arroz, que apresentou aumento da área plantada de 2,0% na safra 2010/2011, em relação à 2009/2010, tem previsão de redução de 9,5% para a safra a ser colhida este ano, segundo a última estimativa feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Veja a figura 1.
A safra 2011/2012 teve uma redução de 2,15 milhões de toneladas, uma queda de 15,8% em relação à última colheita. Enquanto que a safra 2010/2011 tinha tido uma expansão de 1,95 milhão de toneladas em relação à safra 2009/2010. Veja na figura 2.
Nas regiões Norte e Nordeste a semeadura é feita a partir de janeiro e depende do clima para a definição da área a ser plantada.
No Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz irrigado do país, há sérios problemas com a falta de chuvas, que têm castigado as lavouras. As reservas de água estão abaixo do ideal e ainda há produtores que estão sendo obrigados a irrigar a planta em períodos que normalmente não é necessário.
Esta situação agrava ainda mais o problema da falta de água nos reservatórios. Se o clima não melhorar poderá faltar água nos momentos que a planta mais necessita.
A previsão de chuvas permanece abaixo da média para os próximos três meses, podendo quebrar ainda mais a produção.
Outro ponto que pode afetar a produção do arroz são as baixas temperaturas registradas, inferiores a 15ºC na região da campanha e que, durando mais de uma noite, prejudicam a planta na fase reprodutiva.
Em Santa Catarina a variação de área será pequena. A semeadura no estado atrasou, o que diminui a chance dos produtores colherem arroz produzido na soqueira (brotação após a colheita), porém, a produtividade esperada no litoral norte do estado é melhor que a do ano passado.
Este ano a semeadura atrasou, mas a lavoura não sofreu com o ataque de doenças e pragas e o clima foi mais favorável em relação à 2010/2011, devendo aumentar a produtividade e produção.
O baixo preço também é um dos maiores motivos para diminuição de área plantada no país.
Além da falta de chuvas e preços deprimidos, podemos citar outros motivos, como o aumento dos custos de produção, volume de importação e migração para outras culturas que têm apresentado maior rentabilidade.
*Colaborou Renato Fagundes Bittencourt, zootecnista.
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