A produção mundial de leite deve crescer cerca de 1,9% ao ano ao longo dos próximos anos, alcançando 747 milhões de toneladas em 2014.
União Européia, Índia, Estados Unidos, Rússia, Paquistão, Brasil e China irão responder por mais de 2/3 da produção total. Hoje, o maior produtor é a União Européia. Porém, individualmente (em termos de países), a primeira posição do ranking é da Índia, justamente onde a produção, juntamente com a China, mais deve aumentar ao longo dos próximos anos. Veja na figura 1.
A produção dos países em desenvolvimento deve registrar um crescimento de market share (participação), passando dos atuais 53% para 58% da produção mundial. A produção da União Européia deve ficar praticamente estável.
DERIVADOS
A produção mundial de leite em pó, queijo e manteiga deve crescer cerca de 20% até 2014. No entanto, a produção de leite desnatado deve cair 4%.
Metade da produção mundial de leite em pó é exportada e esse produto deverá se firmar como o mais importante derivado de leite no mercado internacional.
Nova Zelândia e União Européia deverão dominar o mercado de exportação. Porém a Austrália e a Argentina poderão registrar crescimento de importância nesse campo. As importações, por sua vez, deverão crescer significativamente em países como a Arábia Saudita, Malásia e Norte da África. Talvez as compras de Brasil e China também aumentem, em função do crescimento da demanda doméstica.
O queijo deverá se tornar uma das mais importantes commodities derivadas do leite. Em 2014, cerca de 40% da produção mundial de queijo deverá sair da União Européia, sendo que ¼ terá como origem a América do Norte.
A produção de manteiga deverá crescer principalmente em países em desenvolvimento. Destaque para a Índia, cuja estimativa é de aumento de 3,6% da produção/ano. Em países desenvolvidos, principalmente os pertencentes à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a produção de manteiga deverá diminuir 3% até 2014.
A produção de leite desnatado também deverá recuar principalmente nos países pertencentes à OCDE, pois ele tem pouca importância para a obtenção de derivados. Nos países em desenvolvimento ele é consumido na forma líquida, portanto não deverá haver retração.
Fonte: OCDE-FAO Agricultural Outlook
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