Mês de agosto, tempo de queimada e época de preparar o aceiro, segundo as tradições rurais.
Além dos aceiros, já é hora de planejar o volumoso para o próximo ano.
A FALTA QUE FAZ
São inúmeros os produtores que se apertam com a falta de alimentos nos meses de seca.
As coisas pioram se as chuvas pararem um pouco mais cedo ou se demorarem a começar.
Soma-se a este fato a tendência da maioria dos produtores, sabedores da necessidade de ganho de escala, acabarem mantendo maior número de animais na fazenda do que poderiam. São mais bocas para comer e, na seca seguinte, é provável que o número de animais em lactação tenha aumentado.
Portanto, planejar volumoso para o tempo seco é imprescindível.
DIFUSÃO TECNOLÓGICA
É válido ressaltar que o melhor volumoso é aquele que se adapta agronomicamente a cada empresa rural.
Não existe um milagroso, que trará os melhores resultados econômicos.
Muito se fala da cana-de-açúcar como volumoso para empresas rurais. Observe, pela figura 1, que a cana picada, e fornecida diretamente no cocho, é o volumoso mais barato por tonelada de matéria original.
Nem por isso significa que a cana resultará no custo de dieta mais baixo no momento da alimentação do rebanho.
O cálculo da dieta passa por um processo de balanceamento nutricional. Dependendo do mercado de concentrados, a dieta com cana pode se tornar mais cara no final, do que a dieta do milho, por exemplo.
Então... por que a cana-de-açúcar é atualmente a mais recomendada para os produtores rurais, especialmente os pequenos?
Trata-se de uma vantagem agronômica. A produtividade da cana-de-açúcar e a relativa simplicidade de manejo a torna uma excelente opção.
Economiza-se área e o produtor pode aumentar a escala de produção com um volumoso que ocupará um espaço menor na empresa. Pode produzir mais, comprando os concentrados fora da fazenda.
O custo de produção da cana é 40% mais baixo do que o custo de produção da silagem de milho.
Ainda assim, apenas cerca de 25,4% dos produtores pesquisados recentemente pela Scot ... ... Consultoria, no Estado de São Paulo, utilizam cana-de-açúcar em suas propriedades. Do total, 40% utilizam silagem de milho e outros 10% silagem de sorgo.
Os demais se dividem em culturas de inverno, feno, capineiras de napier ou não se preparam para a seca. Os que não se preparam para a seca em São Paulo somam o inesperado índice de 6,9% do total, dentre os 213 produtores que responderam.
Não há mal algum em se optar pelas silagens. Não se trata de uma decisão equivocada. O produtor, no entanto, precisa redobrar os cuidados com relação à qualidade de produção da mesma.
Há muita silagem de milho sendo produzida com qualidade próxima à da cana-de-açúcar. Assim, o produtor trabalha com um custo alto de produção para uma qualidade baixa de alimento.
Evidente que há reflexo no custo final de produção na empresa.
A HORA CORRETA
O processo de ensilagem não se inicia no momento do corte.
A produção de silagem se inicia meses antes, no momento de planejar a semeadura da cultura e o manejo que será adotado.
São fatores de qualidade na produção de uma silagem:
- a escolha da planta;
- a produção e a produtividade da planta;
- o corte e o transporte;
- o enchimento do silo e a compactação;
- o fechamento do silo;
- e, finalmente, o processo de desensilagem.
Em qualquer uma destas etapas, a qualidade da silagem poderá ser comprometida.
Sendo assim, entrando no mês de agosto, já é passado do momento de se pensar o que fazer para o próximo ano. Uma planta mal escolhida e mal produzida acarretará num produto final de custo alto e, conseqüentemente, gerará maus resultados.
Isso não vale só para o milho e sorgo. Vale para qualquer cultura que seja utilizada como volumoso.
A cana-de-açúcar, por exemplo, pode ser plantada praticamente o ano todo, dividida em cana de ano e meio, cana de ano e cana tardia. É preciso entender, planejar e usar corretamente a técnica.
A HORA CORRETA
Para uma boa produção é de se esperar que, em agosto, os solos estejam corrigidos com calcário, algo que deveria ter sido planejado desde o começo do ano, nos meses de março e abril. Portanto, se nada foi feito, já há um atraso no processo.
No momento, cotar insumos que serão utilizados, regular e fazer manutenções nas máquinas, escolher o híbrido ou variedade e preparar a área para produção é imprescindível.
Na ocasião do plantio, tudo deve estar agronomicamente preparado para que a qualidade da planta produzida esteja de acordo com o que se espera.
As variáveis são muitas e os cuidados devem ser redobrados.
PLANEJANDO E EXECUTANDO
Com todo o processo planejado, as medidas que garantem os resultados serão adotadas prevendo eventuais equívocos durante as operações.
Com os funcionários treinados, e entendendo o processo, os riscos de falhas humanas se reduzem consideravelmente. O comprometimento da produção e, conseqüentemente, da qualidade do alimento, ficará dependente de variáveis não administráveis, como clima e outras eventualidades.
CUSTOS E DESEMBOLSOS
Os custos de produção, apresentados na figura 1, incluem os custos completos que envolvem a produção de volumosos. As diferenças entre os custos dependerão da produtividade e da eficiência operacional.
No entanto, o que muito se confunde é a diferença entre os custos de produção e os desembolsos financeiros na fazenda.
Os custos envolvem custos fixos ou indiretos, como maquinários, administração, mão-de-obra, etc. São custos que já existem nas empresas.
Para produzir a planta e a silagem, será preciso desembolsar recursos para compra de diesel, insumos, lona, diaristas, etc. Será o aumento de demanda no caixa da empresa.
Na tabela 1 estão representados os desembolsos para produção de volumosos.
Observe que no caso da silagem de milho, enquanto o desembolso é de R$36,02/tonelada, o custo operacional é de R$61,50.
Trata-se de uma diferença grande que se repete para todos os outros volumosos.
Em média, o desembolso é 36% inferior ao custo de produção dos volumosos.
Trata-se de uma informação importante. No momento do planejamento, previsão de recursos e organização financeira, o que conta serão os desembolsos.
Isso não significa dizer que os custos serão equivalentes aos desembolsos. Caso a silagem ou o volumoso não seja produzido, aqueles custos fixos ou indiretos, ou seja, os 36% aproximadamente, que equivalem a R$18,00 a R$25,00 por tonelada, continuarão existindo, com a desvantagem de que a silagem ou o volumoso não terá sido produzido.
Todas essas questões precisam ser compreendidas para um bom planejamento nutricional da fazenda.
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