A Nestlé foi a empresa que mais captou leite em 2008. De acordo com dados da Leite Brasil, divulgados em abril deste ano, a DPA/Nestlé, joint venture entre Nestlé e a Fonterra, aumentou em quase 5,6% o volume captado, totalizando 1,9 bilhão de litros de leite em 2008. Veja na tabela 1.
O segundo lugar ficou com a Perdigão. Em 2008, a empresa adquiriu dois laticínios, a Elegê e a Cotochés e, com isso, fechou o ano com uma captação de aproximadamente 1,67 bilhão de litros de leite.
A Itambé ficou em terceiro lugar, no entanto, cresceu 14% em relação a 2007.
A Nilza Alimentos aumentou a captação em mais de 88% em 2008 com a compra da Montelac.
Vale lembrar que foi justamente esse processo de expansão que resultou em endividamento da Nilza e conseqüente pedido de recuperação judicial este ano.
A Parmalat aos poucos caminha para recuperar a sua participação no mercado. A captação da empresa aumentou 25% em 2008, quando comparado ao volume captado em 2007.
BALANÇA COMERCIAL
De acordo com os números divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em março, o Brasil exportou US$15,01 milhões em lácteos, e importou US$26,84 milhões. O saldo negativo foi de US$11,83 milhões.
Em volume, as exportações somaram 6,6 mil toneladas de produtos, e as compras foram de cerca de 14,8 mil toneladas de lácteos, sendo que o leite em pó respondeu por 79,4% das nossas compras.
No acumulado deste ano, de janeiro a março, o Brasil apresenta um déficit na balança comercial de lácteos de US$16,68 milhões.
Os destaques nas importações foram mais uma vez para o leite UHT e o leite em pó. O governo brasileiro investiga a entrada de leite da Argentina a preços inferiores que os praticados no Brasil. Além disso, existe a suspeita de que a Argentina esteja triangulando as vendas de produtos vindos da Oceania.
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