Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.
Nos anos 20, em Chicago, o chefe regional não era o prefeito. Nem a polícia atuava sob a liderança de seu chefe. Quem, na verdade, mandava (e desmandava) era um figurão local que produzia e comercializava o então proibido whisky. Obviamente, os prefeitos eram eleitos por influência direta do ítalo-americano Al Capone, a quem todos os cidadãos reverenciavam e temiam. É conhecido o fim da era Capone, com o delinquente, afinal, preso por evasão de impostos de renda.
Vejo, no Brasil, algumas semelhanças entre Capone e Lula. Este último, que presidiu o país durante 8 anos, escapou de julgamento de um crime que não poderia ser perpetrado sem a sua absoluta aquiescência. Se Zé Dirceu era o principal executivo do programa "Mensalão", Lula era o que modernamente se chama "Chairman of the Board" ou presidente do Conselho de Administração.
O volume de recursos utilizados por Marcos Valério e os bancos BMG e Rural, que irrigavam os bolsos dos deputados da "base aliada", estruturados com recursos de publicidade de empresas de Marcos Valério, era imenso.
O processo do que veio, apropriadamente, a ser chamado de "O Mensalão", está pronto para ser julgado pelo STF. Nada mais razoável que seu chefe moral, o então presidente Lula, tentar interferir no processo. Se não no mérito, pelo menos no timing. Perto das eleições, vários candidatos podem vir a ser julgados não apenas pelo STF, como, especialmente, pela população votante.
*Por Arthur Chagas Diniz
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