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Scot Consultoria

A recuperação econômica


Terça-feira, 12 de junho de 2012 - 18h31

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


O ambiente externo ainda é de incertezas. Grécia, Espanha, Portugal, França, entre outros países, precisam de ajustes internos, com maior rigor no controle fiscal, mas se deparam com a oposição ao governo, dificultando a aprovação de medidas que permitam a esses países a busca da recuperação.

Considerando que os mercados operam globalmente, incertezas externas, baixo crescimento econômico, baixa geração de demanda internacional, queda no fluxo financeiro entre países, abalam todas as economias, e a brasileira não é diferente.

Os sinais de queda na geração de riquezas internamente vêm desde janeiro. O governo federal optou por afrouxar a política monetária, promovendo inicialmente queda na taxa de juros básica, portanto, a remuneração de seus títulos públicos, depois deu início a uma campanha forte para que os juros caíssem na ponta, para o tomador de recursos.

Isso tudo não foi suficiente. As incertezas continuam, e mais fortes, exigindo ações mais contundentes por parte do governo brasileiro.

Entrou no campo da política fiscal. Já havia prorrogado a redução de tributos na linha branca, incluiu outros setores, como o de móveis, e agora é a vez do setor automotivo.

Acendeu o sinal de alerta quanto ao desempenho econômico a partir da constatação que o Produto Interno Bruto Brasileiro não crescerá no patamar projetado pelo próprio governo, ou seja, acima dos 4% ao ano. Números parciais apontam muito mais para os 3% ou menos, do que para o patamar definido pela equipe econômica.

A dúvida é: ações de desoneração fiscal, redução de juros, liberação de compulsório, ampliação do crédito serão suficientes?

Na prática não há uma única resposta. Com variáveis que não são de controle interno a coisa se complica mais. Em outras palavras, a retomada do crescimento interno depende muito do apetite em consumir das famílias brasileiras, e ainda do equacionamento da crise nos países afetados mais fortemente neste momento.

As decisões tomadas pelo governo brasileiro são antigas conhecidas, surtiram efeito parcial na crise de 2008 e 2009, mas hoje o mercado já vinha de certa maneira agindo antes das decisões do governo, jogando seus preços para baixo, sendo que a percepção do consumidor é que as decisões do governo reduziram muito pouco o preço final dos produtos, notadamente do setor automotivo.

De qualquer maneira o governo não está inerte e caberá aos agentes econômicos, encontrarem um caminho que permita motivar o consumidor a voltar a consumir.

Este consumidor com tudo que está sendo divulgado está cauteloso, com medo de perder o emprego e seus planos atuais serem adiados, ou seja, na dúvida adiam consumo.

É o momento da criatividade por parte dos fornecedores de bens e serviços e um trabalho forte de convencimento.


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