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Scot Consultoria

Comissão de Ética Pública


Quinta-feira, 27 de setembro de 2012 - 17h51

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Desde segunda-feira (24), após dar posse a três novos membros indicados por Dilma, o presidente da Comissão de Ética Pública, Sepúlveda Pertence, renunciou. O motivo da renúncia foi a não recondução de dois membros da referida Comissão a um segundo mandato. Isso é praxe comum e Pertence ficou legitimamente incomodado com a atitude da presidente da República, que optou por indicar dois outros nomes.

O presidente do Conselho atribuiu, com toda a justiça, as substituições de Marília Muricy e Fábio Coutinho ao fato deles terem solicitado ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, explicações sobre o recebimento de R$2 milhões da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) por consultorias que ainda realizaria ou que teria realizado. Não se sabe, ao certo, se Pimentel realizou ou não as consultorias. Poder-se-ia supor que os R$2 milhões que teriam sido recebidos pelo Ministro (o que é isto?) se referem a "compra da boa vontade" para demandas de associados da FIEMG.

O que é lastimável no episódio é a lamentável atitude da presidente Dilma quando o assunto em questão se refere a seus amigos mais próximos.

Sepúlveda Pertence é, sem sombra de dúvida, um quadro (no sentido petista) de inestimável valor no que se refere a moral pública. Transformar o Conselho de Ética em um conjunto de "yes men" não é um procedimento adequado a um país que busca redimir-se moralmente julgando no STF questões de pessoas que infringiram a legislação.

Não é ético tentar transformar a "Comissão de Ética Pública" em uma instância do governo.

Por Arthur Chagas Diniz


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