Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.
Estará em julgamento no STF, a partir desta semana, o capitão do time, Zé Dirceu, cuja identidade se confunde ora com Carlos Henrique ora com o guerrilheiro Daniel, dependendo de sua (dele) conveniência. O que vai ser discutido, no fundo, é se o esquema do Mensalão foi ou não gerado no Palácio do Planalto.
Em tese, seguindo a responsabilidade final da operação, que envolveu altos funcionários do governo e ex-diretores de estatais (Banco do Brasil), já condenados, o que o STF vai, verdadeiramente, definir é quão perto de Lula passou a decisão de comprar, mensalmente, os votos de deputados que hoje compõem o que se chama de "base aliada". Zé Dirceu, certamente, teria consultado Lula sobre o modelo operacional de compra da maioria. Não há outro cacique do PT - a menos o presidente à época, Zé Genoino - com autoridade para operar a "fidelização dos votos".
Além das penalidades que devem ser impostas ao trio (Zé Dirceu, Zé Genoino e Delúbio) a argumentação do "advogado de defesa" Ricardo Lewandowsky passará perigosamente próxima de Lula que, no entanto, não é réu no processo de nº 470. Se acreditarmos na versão de Dirceu - "nunca fiz nada sem a aprovação de Lula" - quem estará em julgamento, agora, será o ex-presidente.
Por Arthur Chagas Diniz
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