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A consagração do Mensalão?


Quinta-feira, 1 de novembro de 2012 - 11h47

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Desde ontem tenho ouvido amigos chegados afirmarem que a eleição de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo teria sido a resposta de Lula ao STF por conta das condenações de Genoino, Dirceu e Delúbio. Seria isto verdade?

Significa que o Mensalão passou a ser um episódio banal sobre o qual a opinião pública e os juízes têm visões antagônicas. Eu acho que não.

Embora não acredite que categorias sociais cuja marca distintiva é a baixa escolaridade acompanhem pela TV ou mesmo pelos jornais o julgamento da ação nº 470, não creio que os votos a Haddad decorram de uma "absolvição popular" dos mensaleiros.

As razões da vitória "lulista" são locais. Sem tirar o mérito de Lula na implantação de "postes" (que é inegável), acho que as raízes da derrota do PSDB em São Paulo se restringem a circunstâncias e escolhas locais. Lula escolheu um nome novo, uma figura jovem, não tisnada pela corrupção petista. Os adversários escolheram um candidato com a maior taxa de rejeição popular no país. Pior que Jader Barbalho, Paulo Maluf, Renan Calheiros e outros desse jaez. O PSDB - único partido visível de oposição - escolheu o velho, o desgastado, um homem que já havia abandonado a prefeitura sem tê-la ocupado, depois de eleito em primeiro turno.

Lula não ganhou. Quem perdeu foi a oposição. Quem perdeu fomos nós.

Por Arthur Chagas Diniz


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