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Scot Consultoria

Em novembro, o preço do leite subiu na Argentina


Terça-feira, 18 de dezembro de 2012 - 10h40

Zootecnista pela USP – Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), consultora e pesquisadora do mercado de leite e derivados, boi gordo, reposição, grãos e insumos. Redatora da Carta Leite. Coordenadora do site da Scot Consultoria.


O preço do leite ao produtor subiu na Argentina no pagamento de novembro.

Na comparação com outubro, as altas variaram entre 3,0% e 3,5%. Em relação a novembro do ano passado, o preço ficou 9,2% acima.

No Brasil o preço médio do leite ponderado em novembro foi 1,8% maior que em outubro e 1,8% maior que novembro de 2011.

Segundo a pesquisa da Câmara de Produtores da Bacia Oeste de Buenos Aires (Caprolecoba), em novembro o pequeno produtor (4.000 litros/dia) recebeu, em média, $1,53 por litro de leite. Para o produtor mediano o preço médio foi $1,56 por litro. Já para participações de 8.000 litros/dia o preço chegou a $1,60 por litro.

Em todos os casos, o preço era mais do que 3% maior do que mês passado e 9% maior do que o preço recebido em novembro de 2011.

Estes mesmos aumentos na comparação, tanto mensal como na anual, se registraram também em quilogramas de proteína (KPT). Para os pequenos produtores, o preço da KPT era de 46,61 pesos; para os medianos 47,54 pesos e para os maiores, 48,67 pesos.

Analisando os preços médios recebidos pelos produtores de leite no acumulado de janeiro a novembro de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, o crescimento foi menor, de aproximadamente 4,5%.

No Brasil, analisando estes mesmos dados, o produtor recebeu 1,1% mais em 2012 que em 2011.

"Estamos terminando um ano de preços muito defasados, e que recentemente começaram a se recuperar. Com a queda na rentabilidade da atividade leiteira e devido às condições climáticas adversas, freou-se o crescimento da produção de leite no país", segundo a Caprolecoba.

"Um ano que, por vezes, não estava claro se a tabela publicada nestes relatórios foi o de preços ou custos. Entretanto, estamos conscientes que não temos sido os únicos que (por motivos distintos) estão maus. O contexto econômico global não foi favorável para a pecuária leiteira", acrescentaram.

Na Argentina, assim como no Brasil, os custos elevados, principalmente com alimentação, foi o que mais pesou para o produtor e o que colabora para redução da rentabilidade da atividade. 

Quanto à produção, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que até o terceiro trimestre deste ano a produção brasileira teve um incremento de 3,9% na comparação com o mesmo período de 2011.

Fonte: Infortambo. Pela Redação. 17 de dezembro de 2012.

Tradução, adaptação e comentários de Jéssyca Guerra, zootecnista e analista júnior da Scot Consultoria.


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