Zootecnista pela UNIPAMPA – Dom Pedrito, consultor e pesquisador do mercado do boi gordo, insumos agropecuários, couro e sebo, arroz e terras. Coordenador do levantamento de reposição e mercado do arroz.
As exportações de carne bovina brasileira, considerando in natura e industrializada, cresceram em 2012.
No último ano os embarques somaram 1,50 milhão de toneladas equivalente carcaça (tec), segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Este valor representa um aumento de 13,1% frente a 2011, quando as exportações totalizaram 1,32 milhão de tec.
De 2007 a 2011 o volume comercializado pelo Brasil no mercado externo vinha em retração a uma taxa média de 11,8% ao ano. Veja na figura 1.
Os maiores exportadores de carne bovina do Brasil são: São Paulo, Mato Groso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia, com 34,6%, 15,2%, 13,5%, 9,7% e 6,9% da participação no total embarcado, respectivamente. Veja na figura 2.
Como podemos observar na figura 2, estes cinco estados foram responsáveis, em 2012, pela exportação de 80,0% da carne bovina brasileira. Destes, apenas São Paulo não teve crescimento no total embarcado em relação a 2011.
Apesar de o volume que o Brasil comercializou em 2012 ser o segundo menor desde 2005, o faturamento foi o maior já registrado, atingindo US$5,13 bilhões. Veja a tabela 1.
Os bons resultados no faturamento foram garantidos pelo maior preço médio pago na tonelada do produto em relação aos anos anteriores (tabela 1), mesmo com o câmbio jogando contra este cenário. O dólar valorizado frente ao real, como foi no último ano, faz nosso produto ganhar competitividade, ficar mais barato. Ou seja, a tonelada mais cara foi em função de um posicionamento das empresas, não de um movimento cambial.
Mesmo precificando melhor, conseguimos ampliar o volume embarcado.
No fim do ano tivemos o acontecimento do achado priônico, no Paraná, que causou insegurança em relação às exportações.
Desde o anúncio, Arábia Saudita, África do Sul, China, Coreia do Sul, Japão, Bielorrússia e Catar cancelaram as compras de carne bovina do Brasil, Jordânia e Líbano embargaram apenas o produto do Paraná. O Peru interrompeu as compras por três meses e o Chile suspendeu a importação de farinha de carne e ossos.
Estes embargos deixaram o mercado bastante apreensivo, mas o impacto real nas exportações foi pouco expressivo, já que estes representam 5,1% do total de carne bovina, in natura e industrializada, embarcada pelo Brasil.
Por fim, 2012 foi um ano de recuperação no volume embarcado e de resultados recordes para o faturamento.
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