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Argentina: mais carne no prato e menos boi no pasto


Segunda-feira, 18 de março de 2013 - 15h00

Zootecnista formado pela UNESP – Jaboticabal-SP e sócio da Radar Investimentos.


Segundo dados do Instituto de Promoción de la Carne Vacuna Argentina (IPCVA), no ano passado  o consumo médio anual de carne bovina da população argentina foi de 59,0 quilos per capita.

Na comparação com o consumo do ano anterior, de 56,6kg por habitante, houve incremento de 4,2%. Observe a figura 1.

Ao analisar friamente estes dados, o viés para o setor pecuário argentino parece ser positivo no último ano, porem, o cenário é diferente.

O país foi prejudicado por uma forte seca em 2011 e 2012, isto reduziu as áreas de pastagens e encareceu os custos de produção, principalmente do confinamento.

Como consequência disto houve desinvestimento na atividade e descarte de parte do rebanho, o que aumentou a disponibilidade de carne no mercado interno.

Os abates saíram de 11,1 milhões de cabeças em 2011 para 11,6 milhões de bovinos abatidos no ano passado, aumento de 4,5%.

O aumento dos abates em função do descarte só piora a situação da pecuária do país vizinho, que trabalha em crise há anos, em função de políticas governamentais que interferiam nas exportações.

A escassez de animais terminados para o abate fez com que o número de frigoríficos ativos (federais, estaduais e municipais) caísse de 486 em 2010 para 350 em 2011. 

Considerações finais

A pecuária a todo instante tem sofrido pressão, seja por parte da agricultura, da economia, e do ambientalismo mal enviesado.

É lastimável ver o consumo de carne bovina crescer pelo fato citado acima e não através de ações de marketing e melhora da articulação dos elos do setor.


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