Médico Veterinário pela UFMS – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, mestrando em Administração de Organizações na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP). Consultor de mercado. Coordenador da divisão de couro e sebo. Coordenador da divisão de consultoria a revendas agropecuárias. Coordenador da divisão de reprodução animal. Editor chefe do informativo Boi & Companhia.
Uma enorme tempestade de neve pegou os pecuaristas e agricultores de Dakota do Sul despreparados, matando milhares de cabeças de gado, atingindo um prejuízo de US$7,0 milhões.
Milhares de bovinos morreram desde a tempestade que atingiu o estado. Apenas três dias de neve foram suficientes para alcançar o recorde para o mês de outubro.
O estado de Dakota do Sul possui um dos maiores rebanhos bovinos do país. A economia é baseada em agropecuária, turismo e prestação de serviços financeiros e imobiliários.
A tempestade veio acompanhada de rajadas de vento, o que levou alguns rebanhos a buscar abrigo longe de suas fazendas. No noroeste do estado pode-se observar um "rastro de carcaças", segundo a gerente da Associação de Pecuaristas do condado.
Os pecuaristas não têm a quem pedir ajuda ou reembolso, pois o Congresso precisa definir uma nova lei agrícola, que subsidia os produtores agrícolas.
Em recente crise fiscal, os Estados Unidos inativaram alguns serviços federais.
Segundo as palavras do presidente Barack Obama, a crise orçamentária causou danos "completamente desnecessários" à economia americana.
O Secretário de Agricultura do estado disse: "a nevasca foi devastadora para os nossos produtores", estamos tentando descobrir uma resposta.
No momento, o que os agricultores e pecuaristas podem fazer é documentar suas perdas, com fotos detalhadas, para usar posteriormente quando as reivindicações forem processadas.
Como o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) retornou suas atividades, os pecuaristas podem se cadastrar para o serviço de apoio em caso de desastres, do Programa de Indenização Pecuária.
A preocupação imediata é o descarte adequado dos animais mortos. A lei estadual diz que devem ser queimados ou enterrados dentro de 36 horas, para a saúde dos rebanhos sobreviventes e também das pessoas.
Segundo a Associação, os efeitos da nevasca serão sentidos em anos futuros.
As principais perdas dos pecuaristas foram bezerros e vacas para reprodução, estes, que são fundamentais na reposição do rebanho.
O mercado de reposição na Dakota do Sul provavelmente ficará em alta, devido à pequena oferta de fêmeas para reprodução.
Além disso, o estresse causado pela tempestade será refletido nos animais, que não apresentarão o mesmo rendimento produtivo do ano anterior. Outro ponto importante é que esses animais estão vulneráveis a doenças, como rinotraqueíte infecciosa bovina, vírus sincicial respiratório bovino e vírus da diarreia viral bovina.
O bem-estar animal entra em pauta. Os animais já estão aclimatados na região, porém a precipitação de neve foi recorde nessa tempestade.
Fazendeiros estão inconformados. "Isso é totalmente devastador", diz Steve Schell, um fazendeiro em Caputa, perto do Monte Rushmore.
Fonte: NBC News. Traduzido e adaptado por Milena Zigart Marzocchi. Em treinamento pela Scot Consultoria. 17 de outubro de 2013.
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