Escreve sobre o mercado de commodities, em especial, soja, milho e etanol. E também sobre política e crédito agrícola.
A região que respira o agronegócio 24 horas por dia, Centro-Oeste, fez a lição de casa e optou por mudança. Foi clara a mensagem deixada neste último domingo - "estamos cansados de vermos nossa renda diminuir". A deficiência hoje em infraestrutura e logistíca aperta a renda do produtor e amarga a competitividade internacional.
Não diferente, o estado de São Paulo, que concentra o maior número de usinas de cana-de-açúcar, também foi a favor do candidato da oposição. O setor sucroenergético foi altamente prejudicado pelas manipulações e decisões político-econômicas do atual governo, levando inúmeras usinas a fecharem suas portas.
É consenso de todos que o Agro é vital para economia brasileira. Podemos destacar:
- Um dos líderes na produção internacional;
- Crescente importância na geopolítica do abastecimento global;
- Responsável por 37,0% dos postos de trabalho;
- Fiel positivo da balança comercial;
- Taxa de crescimento do PIB do agronegócio é superior a do PIB nacional;
Desta forma é fundamental que o futuro governo aproxime-se mais do setor produtivo, ao contrário do que vêm acontecendo hoje, uma vez que a globalização da economia tornou a agricultura altamente sensível aos fatores macroeconômicos.
As mudanças necessárias são nítidas e o novo presidente deverá atendê-las para garantir o retorno do país em posição de destaque. Assim, questões como segurança alimentar e energética exigirão maior responsabilidade e um posicionamento menos ideológico.
Há espaço para citar a seguinte frase "A mudança não assegura necessariamente progresso, mas o progresso implacavelmente requer mudança" - Henry S. Commager.
Façamos de nossos anseios e necessidades, o combustível para nos transformar em pessoas melhores e mais conscientes de nossas escolhas.
Texto originalmente publicado em http://agrotvm.wordpress.com/
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