O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) é parte do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (DEAS) da Esalq/USP.
As cotações internas de milho oscilaram ao longo de novembro, mas fecharam o mês ainda em forte alta. Isso porque as condições climáticas foram desfavoráveis em boa parte das regiões produtoras no Brasil, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste até meados do mês, o que sustentou os valores. Com a volta da chuva, o plantio foi retomado e as cotações se estabilizaram ou mesmo passaram a cair nos últimos dias de novembro. Já os valores externos e os contratos futuros no Brasil recuaram, pressionados pelo avanço da colheita nos Estados Unidos.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu expressivos 5,0%, fechando a R$27,52/saca de 60 kg no dia 28. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$27,04/sc de 60 kg com aumento de 4,8% no mês.
Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, os preços ao produtor subiram 11,5%, com a media de novembro 14,4% maior que a de outubro. No mercado de lotes (negociação entre empresas), o preço em novembro foi 16,0% superior ao de outubro, com avanço de 11,1% no mês. Os valores de novembro eram os maiores desde maio ou junho, a depender da região.
Na BM&FBovespa, o contrato com vencimento em Jan/15 teve ligeira queda de 0,1%, indo para R$29,21/sc de 60 kg, já o contrato Mar/15 subiu 1,3%, fechando a R$29,57/sc no dia 28.
Na Bolsa de Chicago (CME Group), o contrato Dez/14 recuou 0,3%, indo para US$3,7575/bushel (US$147,92/t). Os vencimentos Mar/15 e Mai/15 caíram 0,1% e 0,3%, fechando a US$3,8875/bushel (US$153,04/t) e a US$397,00/bushel (US$156,29/t) respectivamente.
Em relação à safra brasileira, a expectativa era de redução. No Paraná, segundo o Deral/Seab, a área com milho primeira safra foi 20,0% menor, estimada em 535.193 hectares. Com expectativa de que a produtividade avance 4,0%, indo para 8.538 kg/hectare, a produção paranaense de verão totalizaria 4,55 milhões de toneladas, 16,0% a menos que na temporada anterior. O plantio já estava praticamente concluído e 83,0% das lavouras estavam em boas condições. Quanto à comercialização do milho segunda safra 2013/2014, 55,0% da oferta havia sido negociada e, para o milho primeira safra 2014/2015, o percentual estimado ainda se mantinha em 1,0%.
No Rio Grande do Sul, segundo a Emater/RS, mais de 50,0% da área encontrava-se na fase reprodutiva. Como as chuvas foram irregulares no período, algumas lavouras apresentavam deficiência hídrica, principalmente do centro para o norte do estado. No entanto, de maneira geral, estavam em bom estado. O cultivo havia atingido 85,0% da área prevista até o dia 27 de novembro. Cerca de metade das lavouras estava em germinação ou desenvolvimento vegetativo, 22,0% estavam em floração e 13,0% apresentavam enchimento de grãos.
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