Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.
No momento em que a Espanha finalmente consegue voltar a crescer graças a políticas de austeridade e foco no investimento de longo prazo, realizados pelo atual Primeiro-Ministro Mariano Rajoy logo quando assumiu em 2011, restringindo anos de gastança desenfreada, estado de bem-estar social descontrolado (com pessoas ganhando para ficar na praia) e deterioração das instituições do país, a população espanhola parece querer voltar para o modelo insustentável da gastança sem crédito ou poupança, mas agora de maneira mais radical. De acordo com as últimas pesquisas, o novo partido "Podemos" está em segundo lugar e se aproximando do partido do Premiê. O "Podemos" é o Syriza espanhol, e tem como plataforma o rompimento com a União Europeia, o fim do pagamento de dívidas e a reestruturação do estado de bem-estar social.
A pergunta que fica é: quem vai pagar essa conta?
A economia espanhola que vem se recuperando ainda apresenta muitas mazelas, como a alta taxa de desemprego e falta de mobilidade econômica. Não há poupança interna e, caso haja um rompimento com a UE, não haverá quem invista em aumento da produtividade e novas tecnologias. A conta populista desses partidos "neo-esquerdistas radicais" simplesmente não fecha.
Enquanto isso, no país que é referência em austeridade fiscal, alta produtividade e instituições sólidas na Europa, a Alemanha vive um período deflacionário poucas vezes visto na história, ou seja, mesmo sem o chamado "estímulo positivo da inflação", tão decantado por keynesianos, a produtividade e o consumo crescem na Alemanha com queda do índice geral de preços para o consumidor.
Se o bom exemplo está ali do lado, por que é que tantos povos europeus continuam se guiando pelo péssimo exemplo de Obama, que estará entregando os EUA com a maior dívida pública da história? Se na campanha ele disse "sim, nós podemos", parece que ele esqueceu de explicar o que ele queria poder fazer. Viu-se que ele pôde destruir o sistema de saúde dos EUA e jogar o país no buraco fiscal. Os espanhóis também podem, mas seria muito melhor se ele pudessem seguir o rumo certo do desenvolvimento.
Por Bernardo Santoro
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