Zootecnista pela UEM - Universidade Estadual de Maringá e em treinamento pela Scot Consultoria.
No dia 26/2/15, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) divulgou que o governo da África do Sul autorizou a retomada das compras de carne bovina desossada do mercado brasileiro.
O embargo para o país vigorava desde 2005 por questões sanitárias, depois de ocorrido o surto de febre aftosa no rebanho brasileiro. O embargo foi reforçado em 2012, quando registrado o evento priônico, no Paraná.
Mesmo com a pequena participação da África do Sul nas exportações brasileiras de carne bovina, esta é uma notícia positiva, em função dos embarques em ritmo lento.
O cenário externo não tem sido favorável neste início de ano. A queda no preço do petróleo e a desvalorização do rublo, que afeta a Rússia - importante comprador do produto, são fatores que reduziram os embarques brasileiros do produto.
Outro agravante é a situação econômica frágil da Venezuela, importante consumidor de carne brasileira.
Na figura 1 estão as exportações para a África do Sul, anteriores ao embargo.
Em 2005, último ano em que o país importou carne bovina do Brasil, a participação no total embarcado foi de 1,01% em volume e 0,46% no faturamento. Foram exportadas 10,91 mil de toneladas para África do Sul, com um faturamento de US$16,40 milhões.
O aumento nas exportações entre 2003 e 2005 foi de 156,67% em volume e 293,43% em faturamento.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) prevê um faturamento de US$12,00 milhões com a abertura desse mercado, 0,21% do faturamento em 2014 com exportações de carne desossada fresca, resfriada e congelada.
Embora os embarques para a África do Sul não compensem a queda do volume exportado para a Rússia de 63,3% em janeiro de 2015, se comparado com janeiro de 2014, é importante que neste momento o Brasil se dedique a ocupar novos mercados, a fim de amenizar as recentes quedas nas vendas externas de carne bovina.
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