Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.
Na última quarta-feira, a agência de avaliação de risco Standard & Poors rebaixou a nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+. Assim, o Brasil perdeu o grau de investimento e passou a integrar - pelos critérios da S&P - o grupo dos países incluídos no chamado "grau especulativo", que representa maior risco de calote. Em resposta, o ex-presidente Lula (PT) disse quinta-feira, dia 10, que "Isso não significa nada. Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer". Será mesmo, Lula? Vamos dividir a declaração do ex-presidente em três partes, para facilitar a análise:
I) "Isso não significa nada": não sei ao certo sobre qual aspecto ele se referiu, mas há de se elencar algumas consequências que certamente o farão repensar:
Perda de investimentos e intensa fuga de capital, uma vez que o dinheiro já investido aqui deverá migrar para outros mercados, tendo em vista a perda do selo de bom pagador. Isso porque os investidores estrangeiros não brincam com dinheiro, e justamente por isso exigem duas notas em grau de investimento para fazerem aportes, especialmente em se tratando em fundos de pensão. Em suma, irão investir em outros mercados que não o Brasil.
Crédito mais caro: empresas brasileiras podem ser bastante afetadas pelo rebaixamento da nota de crédito brasileira. Outro possível risco seria a elevação das taxas de juros pagas por companhias brasileiras que emitem dívidas no exterior para captar recursos, como é o caso da Petrobras.
Alta do dólar: a saída de capitais estrangeiros provoca escassez de dólares no mercado, o que leva a uma natural alta da moeda americana. Como já existe um cenário de alta cambial, essa consequência tende a ser agravada.
II) "Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem."
Ora, Lula! As agências somente analisam os dados econômicos de um país (ou empresa) para elaborar o rating, que por sua vez ajuda investidores internacionais a avaliar a viabilidade e rentabilidade de aplicarem seus recursos em papéis de dívida. Para uma boa nota, eles não exigem nada em troca que não seja uma eficiente condução econômica; só isso!
III) "A gente tem que fazer o que a gente quer".
Então vejamos a justificativa dada pela agência S&P para o rebaixamento: "Os desafios políticos do Brasil continuam a aumentar, pesando sobre a capacidade e a vontade do governo em apresentar um orçamento para 2016 ao Congresso coerente com a correção política significativa sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff". Então, esse "fazer o que a gente quer" está destruindo o país.
Economia nunca foi o forte de um governo de esquerda. A gastança exacerbada e a despreocupação com suas consequências estão dando as caras, e exigindo do povo brasileiro que pague a conta pela irresponsabilidade e ingerência da macroeconomia por parte dos petistas.
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