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USDA projeta expectativas de aumento de 3% no comércio internacional de carne bovina para 2016 e Índia ainda deve dominar o comércio


Quarta-feira, 21 de outubro de 2015 - 14h04

Engenheira Agronomo




O relatório Livestock and Poultry: World Markets and Trade, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi publicado no dia 9 de outubro e traz as seguintes projeções:

Carne bovina

A expectativa para 2016 é de um aumento de 1,3% na produção global de carne bovina, após a queda registrada neste ano, na comparação com 2014. Espera-se que a produção seja de 59,2 milhões de toneladas equivalente carcaça, devido à expansão dos rebanhos dos principais produtores, como Brasil, Índia e Estados Unidos.

A estimativa para o comércio global de carne bovina é de 9,9 milhões de toneladas, um aumento de 3,0% em relação a 2015. A Índia deverá continuar a maior exportadora, como mostra a figura 1, com 2,17 milhões de toneladas, e o Brasil, com 1,77 milhão de toneladas, com participações de 21,9% e a 17,8%, respectivamente, no comércio total.

O Brasil exporta 18,0% de sua produção, enquanto a Índia embarca 48,0%. As vendas indianas atendem à demanda de compradores que pagam menos pela carne, principalmente mercados emergentes e sensíveis aos preços, como Oriente Médio, África e Sudeste da Ásia.

Carne de frango

A produção global de carne de frango deverá aumentar 2,0%. Espera-se um recorde de 89,3 milhões de toneladas equivalente carcaça. O Brasil, depois de superar a produção chinesa neste ano, deverá permanecer como o segundo produtor, atrás somente dos Estados Unidos, principalmente devido aos custos com alimentação estarem estáveis e ao aumento das exportações.

A expectativa para o comércio global de carne de frango em 2016 é de aumento de 4,5%, um recorde de 10,7 milhões de toneladas. Impulsionado principalmente pelo Brasil, Estados Unidos e União Europeia que, juntos, representam mais de três quartos do total comercializado.

Essa expectativa de aumento está fundamentada na desvalorização da moeda, tanto o real como o euro e à pressão negativa sobre os preços, em função da grande quantidade ofertada, aumentando a competitividade em relação às outras proteínas animais.

Carne suína

A produção mundial está prevista praticamente inalterada em 111,962 milhões de toneladas equivalente carcaça. Após três anos consecutivos de contração, os estoques de suínos na China estão previstos para se manterem estáveis em 2016, devido a custos mais baixos para a alimentação animal e os preços mais elevados dos suínos.

As exportações de suínos estão previstas para um aumento de 2,0%, a estimativa é de que 7,25 milhões de toneladas sejam comercializadas mundialmente. Os aumentos nas compras pela maioria dos principais importadores compensarão a queda das importações russas.

Fonte: USDA.

Traduzido e adaptado por Raissa Pallone, engenheira agrônomo da Scot Consultoria.


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