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Scot Consultoria

Uma solução para salvar o país: o empreendedorismo


Terça-feira, 5 de abril de 2016 - 13h59

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Apesar de relevantes avanços no campo político, não será exclusivamente por meio da política que salvaremos o país. Isso porque o problema brasileiro não é tão somente político e institucional, mas principalmente cultural - vide a evidente doutrinação ideológica nas escolas, passando pela preferência de carreira dos jovens da próxima geração.

A "geração concurso público", estimulada por estabilidade, salários atrativos (os funcionários públicos federais estão no grupo 1% mais rico do país), privilégios, e sem as pressões inerentes à geração de valor demandada na iniciativa privada chegou a ser o sonho da maioria dos brasileiros.

No entanto, verifica-se gradualmente um enfraquecimento desse fenômeno de querer trabalhar para o Estado, dando espaço para a ascensão de jovens que sonham em empreender. Inicialmente porque com as contas públicas no vermelho, a oferta de vagas por meio de novos concursos públicos vem perdendo a força, após mais de uma década e meia de notório crescimento e aparelhamento estatal - sem que houvesse melhoria correspondente dos serviços públicos, vale dizer.

Ademais, a própria crise econômica, ao que tudo indica a pior de nossa história, vem estimulando muitas pessoas a empreenderem: recentemente, a taxa de empreendedorismo brasileiro chegou a quase 40%, superior a potências como Estados Unidos e Alemanha.

Segundo estudo sobre os líderes mais admirados pelos jovens brasileiros, encabeçam a relação Flávio Augusto, Jorge Paulo Lemann, Sílvio Santos, Roberto Justus, Bel Pesce, todos ícones empreendedores, indicando que o papel desempenhado por eles vem crescendo, passando a inspirar e influenciar os jovens brasileiros. Um exemplo disso é a trajetória de Flávio Augusto, empreendedor que saiu do subúrbio do Rio de Janeiro para um patrimônio superior a R$1 bilhão.

Além disso, a reprodução da ideia de que "o estado nada produz" e de "quem gera valor é a iniciativa privada" tende a aumentar esse fenômeno do empreendedorismo. Já no meio acadêmico, entidades ligadas ao Movimento Empresa Júnior, aos Estudantes pela Liberdade e a AIESEC, entre outras instituições, tem formado um ambiente propício para criação de fortes valores, como meritocracia, compromisso com resultados e valorização do empreendedorismo, com a riqueza antes sempre discriminada passando a ser por aqui admirada.

Apesar da década perdida, é possível crer, analisando a história desses empreendedores e suas respectivas superações diante de dificuldades de toda sorte, que há potencial para inspirar milhões de jovens a fim de romper-se o paradigma que sempre norteou nossa cultura: o estatismo. Nesse sentido, sem dúvidas, melhores dias virão a partir da formação dessa nova cultura empreendedora.

Por Luan Sperandio Teixeira 


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