Zootecnista, formado pela Universidade Estadual de Maringá - UEM, Câmpus de Maringá-PR. É analista de mercado da Scot Consultoria. Editor-chefe do Relatório de Terras, publicação da Scot Consultoria. Pesquisador de mercado nas áreas de boi, leite e grãos. Ministra aulas, palestras, cursos e treinamentos nas áreas de mercado do boi, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto as vendas no varejo cresceram 1,3%.
Essa alta interrompeu as consecutivas quedas que aconteciam desde maio, causadas, em parte, pela greve dos caminhoneiros.
Ainda segundo o IBGE, o resultado teve influência positiva do feriado do Dia dos Pais, que colaborou com o aumento das vendas no varejo, principalmente no setor de “tecidos, vestuários e calçados”, cuja alta foi de 5,6% frente a julho.
Tabela 1. Participação dos diferentes setores na composição do percentual de vendas no varejo.
Fonte: IBGE / Elaborado pela Scot Consultoria
A melhora deste indicador aponta que há uma recuperação econômica em andamento, mesmo que modesta.
É verdade também que este crescimento poderia ser melhor, não fosse a incerteza política e econômica em função das eleições.
Outro fator que talvez tenha colaborado com o aumento das vendas no varejo, foi a queda do desemprego. Apesar de ainda alto, o número de desempregados vem caindo.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério do Trabalho, em agosto, o saldo de emprego formal foi de 110,431 mil novas admissões, isso considerando também os desligamentos.
Este é o melhor resultado desde agosto de 2013 quando o saldo de emprego formal foi de 127.468 mil. Vale destacar o resultado de agosto deste ano está acima da média histórica para o mês que é de 78.989 mil admissões (série histórica considerando o mês de agosto de 1992 a 2018).
A inflação sob controle, dentro da meta estipulada pelo Banco Central (4,5%), associada à queda dos juros nos últimos anos, também ajuda as vendas no varejo.
Daqui para frente, dependendo das políticas econômicas que serão adotadas pelo próximo governo, independente de quem assumir o cargo, a confiança no país pode melhorar, resultando em maior investimento, o que pode impactar positivamente na economia do país.
Portanto, com a inflação controlada, juros em patamares historicamente baixos e a queda do desemprego, fica a ressalva do desfecho da eleição presidencial e como o mercado reagirá após a revelação do próximo presidente do Brasil.
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