Zootecnista formado pela UNESP – Jaboticabal-SP e sócio da Radar Investimentos.
Foto: mnp.org.br
A escalada de preços da arroba em São Paulo foi notável nos últimos dias. Em alguns casos mais específicos, animais com bom acabamento, em lotes de volume e que atendiam bem nossos principais exportadores, chegaram a ser negociados em até R$160,00/@, à vista, no estado.
As chuvas frequentes e volumosas entre fevereiro e março foram cruciais para essa retenção e força do pecuarista na negociação.
Além disto, São Paulo é uma das praças líderes dos embarques de carne bovina e as exportações em 2019 seguem fortes.
No entanto, o boi gordo decolou apenas neste estado, descolando das principais praças pecuárias do Brasil.
Ao fazer uma comparação breve com as cotações do dia 22/3, a arroba paulista teve alta de 3,4%, enquanto as regiões vizinhas, como o Triângulo Mineiro, Campo Grande-MS e Dourados-MS, tiveram variações mais tímidas de +1,5%, +0,2% e +1,3%, respectivamente. Nestes lugares, a distância e o frete não seriam fatores tão relevantes para uma comparação mais próxima de valores.
Por outro ponto de vista, mas reforçando a mesma ideia, os diferencias de base de praças mais distantes como Rio Verde-GO, Cuiabá-MT, Colíder-MT e Rondônia também estão mais esticados do que o normal.
Observe a diferença atual em relação às datas anteriores.
Diferencial de base das principais regiões pecuárias do Brasil.
Fonte: Cepea / Elaborado por Radar Investimentos
De maneira geral, o mercado físico segue firme com escalas curtas no Centro-Sul. Olhando adiante, boa parte dos agentes está atento às mudanças de temperatura, já que as chuvas cessaram na mesma região. Esta atenção não deve ficar limitada apenas ao clima, mas também as distorções de preços, que tipicamente abrem espaços para oportunidades.
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