Médico veterinário, pós-graduado pela ESPM, MBA em finanças pelo Insper-SP e sócio diretor da Radar Investimentos
Foto: pixabay.com
As exportações seguem sendo o grande destaque do ano e a forte alta do dólar no mês de agosto ajudou a acelerar o ritmo que já vinha bastante forte. No acumulado de janeiro a agosto nosso volume exportado já é 15% acima do mesmo período do ano passado e a expectativa é de que esse número cresça ainda mais no decorrer do segundo semestre.
Se em volume o crescimento foi grande, em faturamento os números foram ainda melhores, já que com a alta do dólar, o valor recebido em reais pela tonelada exportada cresceu enormemente reafirmando o papel das exportações como um fator cada vez mais relevante na precificação do boi gordo. Acompanhe na figura 1 a evolução do preço médio em R$/tonelada da carne bovina in natura exportada nos últimos 12 meses.
Figura 1.
Preço médio em R$/tonelada da carne bovina in natura exportada pelo Brasil.
Fonte: Secex / Elaborado por Radar Investimentos
Nas exportações o cenário segue como o mais favorável possível, já que temos expansão de volume com alta nos preços e vem daí a grande discrepância do poder de compra entre as indústrias exportadoras (principalmente as habilitadas para a China) e as menores que atuam só no mercado doméstico.
Esse cenário é bom, mas poderia ser bem melhor caso a China já tivesse habilitado as outras plantas que estão na lista de espera há mais de 6 meses. A boa notícia nesse aspecto é que finalmente a tal “auditoria on line” dos chineses finalmente foi marcada e ao que tudo indica sairá do papel. Depois de tantas idas e vindas com relação a isso, ninguém está muito confiante dos resultados disso no curtíssimo prazo, porém, com a visita do presidente Bolsonaro na China marcada para o final de outubro, é possível que finalmente a novela tenha um final feliz.
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