Zootecnista formado pela UNESP Jaboticabal-SP e sócio da Radar Investimentos.
Foto: Scot Consultoria
Na última semana, a Bolsa Brasil Balcão (B3) enviou um comunicado externo informando que a partir de janeiro de 2020 a metodologia do Indicador de Preços ESALQ-USP, à vista, de São Paulo será atualizada.
Em resumo, as duas principais mudanças foram:
- A amostra terá a participação de frigoríficos com registro no Serviço de Inspeção de São Paulo (SISP);
- Haverá ponderação do preço pelo número de cabeças negociadas.
As alterações são estruturais e muito bem-vindas. Isto mostra que os órgãos envolvidos têm feito a sua parte, adequando as ferramentas de precificação para a realidade atual. Agora, a informação do pecuarista fica ainda mais essencial, principalmente aquele que negocia volumes relativamente menores e espaçados.
Olhando para o mercado físico do boi gordo, a mudança notada nos últimos dias foi o aumento da disputa por animais “tipo China” pelos frigoríficos. Com a inclusão de mais plantas habilitadas, o valor pago por este animal tem girado ao redor de R$165/@ a R$166/@, com uma diferença entre R$4,00 a R$5,00 da boiada comum.
No mercado externo, a situação da peste suína africana na Ásia ainda está longe de ser resolvida. Nessa quinta-feira, o Ministério da Agricultura da Coreia do Sul notificou mais dois casos na fronteira com a Coreia do Norte. Somente a China, nosso principal importador de carne bovina aumentou em 11,2% o volume negociado nos nove primeiros meses de 2019 em relação ao ano anterior.
O que é a continuação da crise por lá pode se traduzir em mais mudanças do ritmo das exportações por aqui.
Receba nossos relatórios diários e gratuitos