Zootecnista formado pela UNESP Jaboticabal-SP e sócio da Radar Investimentos.
Foto: Scot Consultoria
Que o apetite do principal importador de carne bovina do Brasil está ávido não é novidade. A China vem aumentando os volumes de compra, que vêm de uma base relativamente pequena, mas tem constante crescimento.
Neste sentido, os dados divulgados nesta última segunda-feira pela Secex mostram um volume forte já embarcado pelo Brasil nas duas primeiras semanas de outubro. Caso este ritmo seja mantido, haverá potencial para bater o recorde das exportações de carne bovina brasileira in natura.
Além desta expectativa, os ânimos em relação ao mercado externo foram renovados após a feira de alimentos “Anuga”, que ocorreu na Alemanha. De acordo com informações da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), neste ano, as 112 empresas brasileiras que participaram fizeram US$3,4 bilhões em negócios, superando em US$900 milhões na edição anterior (que já havia sido um sucesso).
A leitura deste resultado é que nossos importadores de proteínas combinaram a “fome com vontade de comer”. Com este bom fluxo de negócios é possível que o ritmo acelerado dos embarques prossiga também nos próximos meses.
Olhando para o mercado futuro, os vencimentos de dez/19 e de jan/20 saíram na frente e, quando este artigo estava sendo escrito, estavam cotados em R$173,00/@ e R$175,30/@, respectivamente. Isto abre oportunidades interessantes para quem possui animais que serão abatidos durante este período.
É fato que as expectativas são positivas adiante, principalmente se o número de empregos temporários no final do ano mostrarem avanço e trazerem mais renda disponível para a população. No entanto, a atividade pecuária deve ser estruturada com proteções de preços em momentos adequados de firmeza. Assim como o telhado de uma casa, o ideal é consertar quando não está chovendo.
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