Zootecnista, mestre em nutrição e alimentação de monogástricos pela Unesp de Jaboticabal e analista de mercado da Scot Consultoria.
Foto: Embrapa
Tema: Validação ZARC para cultura do milho de 2ª safra no Estado de São Paulo.
Palestrante(s): Aryeverton Fortes de Oliveira, José Ricardo Macedo, Fernando Antônio Macena e Balbino Antônio Evangelista, todos da Embrapa
Data: 17/7/2020, das 14:00 às 15:30, horário de Brasília.
Dando sequência às reuniões para validação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, na última sexta-feira (17/07), às 14h ocorreu a reunião para validação do ZARC à cultura do milho safrinha.
O Zarc foi criado em 1996, por iniciativa da EMBRAPA e do MAPA, com o objetivo de gerar indicadores para auxiliar na decisão do produtor com relação ao plantio/semeadura e políticas de créditos por parte das instituições públicas ou privadas (PSR, ProAgro/ProAgro+, Garantia SAFRA e SUPEP).
O zoneamento tem cobertura nacional, e abrange cerca de 40 culturas. Para validar os dados e resultados obtidos pelo sistema são feitas reuniões de validação do sistema e, o webinar em questão, teve como objetivo validar os dados respectivos ao estado de São Paulo e suas regiões.
Assim como na reunião para validação do milho safra, contamos com a presença dos doutores e pesquisadores da EMBRAPA, Dr. Aryeverton Fortes de Oliveira, Dr. José Ricardo Macedo, Dr. Fernando Antônio Macena e, para a cultura do milho safrinha, contamos também com a presença do Dr. Balbino Antônio Evangelista.
Para não nos alongarmos em um assunto já abordado e focarmos nas diferenças e resultados esperados para a cultura do milho safrinha, o ZARC estabelece taxas e expectativas produtivas através de modelo estatístico com diferentes variáveis de entrada (inputs) que condicionam resultados (outputs). Caso o leitor queira maiores detalhes, pode acessar aqui a matéria relativa à reunião para a cultura do milho safra.
Destaque dessa reunião para o anúncio de parceria com o Banco Central (BC) para melhorias e aperfeiçoamento do sistema, como parte de auxílio ao programa “Agro Gestão Integrada de Risco”, do MAPA.
Os resultados esperados de acordo com o plantio e o risco climático são apresentados de acordo com decêndios (períodos de 10 dias) para as três categorias de solo (arenoso, argiloso e de textura média). Destaque da influência da textura nos resultados, pois, em geral, solos com textura mais argilosa têm maior janela para cultivo e precocidade.
A reunião contou com a presença de cerca de 40 profissionais ligados à área, que contribuíram de maneira interativa através de informações referentes às regiões do estado. Essas informações foram comparadas às observações dos presentes que atuam nessas regiões. Para acessar os dados o governo dispõe atualmente de aplicativo para celular chamado “Plantio Certo”.
Para o milho safrinha, há uma sobreposição entre as datas de plantio com o milho safra (terceiro decêndio de dezembro).
O período de plantio no estado varia por região, mas, de maneira geral, pode ser realizado entre o último decêndio do ano (dezembro) até o fim de março e, com a proximidade do final de março, poucos municípios têm janelas de plantio e, aqueles que têm, possuem maiores chances de problemas no caminho (até 40% de risco).
Para a cultura do milho safrinha, houve alterações na metodologia comparado ao milho safra: janela de plantio com margem de cinco dias para cada categoria de cultivar (precoce, médio e tardio) e índice de satisfação de água (ISNA) na fase 3 de cultivo menor (> 0,50), em vista da menor demanda de água do milho safrinha no período.
Como abordado após a reunião do milho safra, a abrangência nacional em nível municipal é o principal “trunfo” do zoneamento. As informações provenientes do zoneamento e a noção prévia da área em questão auxiliam novos produtores ou aqueles que pretendem aumentar sua participação no mercado em determinada área.
O zoneamento auxilia na decisão do produtor, de agências públicas e privadas. Seu uso reduz prejuízos advindos das adversidades climáticas e facilita a decisão dos bancos na concessão de linhas de créditos.
A parceria com o Banco Central traz suporte e força para o ZARC, um sistema consolidado há mais de 20 anos e que atua como ferramenta de decisão para o agro nacional.
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