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Defensivos agrícolas e bioinsumos


Segunda-feira, 9 de maio de 2022 - 10h30


Foto: Shutterstock


Artigo originalmente publicado na íntegra na revista Coopercitrus.

Com a crescente demanda por alimentos e produtos derivados da agricultura, será necessário um aumento de 60% na produção mundial de alimentos até 2050 (FAO). Assim, cada vez com mais frequência as áreas agrícolas estarão sujeitas a uma produção intensiva e competitiva. 

Anualmente, as pragas e doenças reduzem de 20% a 40% os rendimentos potenciais das culturas agrícolas. Desse modo, problemas fitossanitários devem ser superados para que se obtenha melhores resultados produtivos. 

Dentre as estratégias de manejo integrado de pragas e doenças (MIP) destacam-se os defensivos agrícolas, também chamados de agrotóxicos, pesticidas ou produtos fitossanitários. 

A comercialização de defensivos agrícolas e afins, nos últimos dez anos, cresceu 44,1% (figura 1). Em 2020 (últimos dados disponíveis), a venda desses produtos foi de 686,35 mil toneladas de ingredientes ativos, aumento de 9,5% nas vendas internas de defensivos “químicos e bioquímicos” em relação a 2019. 

Figura 1. Comercialização de defensivos e afins, em mil toneladas de ingredientes ativos.

Fonte: IBAMA (2022)

Os defensivos são importantes para qualquer sistema de produção na agricultura moderna, independente da origem de seu princípio ativo, seja sintético ou biológico. 

Produtos biológicos

O mercado dos produtos biológicos vem chamando atenção nos últimos anos. A maior demanda pode ser identificada a partir de 2013, quando os bioinsumos foram responsáveis por auxiliar diversas lavouras (milho, soja, algodão, arroz e batata) no combate à praga Helicoverpa armigera. Desde então, os insumos biológicos são realidade no campo, considerados tecnologias sustentáveis para o controle de pragas e doenças. 

O mercado de insumos biológicos está estimado em US$18,5 bilhões até 2026, podendo crescer 74% em quatro anos, em comparação aos US$10,6 bilhões atuais (Research and Markets)

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o mercado de bioinsumos no Brasil e no mundo, nos últimos cinco anos, tem crescido em uma taxa média global de 13% a 17% ao ano. No Brasil, a taxa média de crescimento tem sido de 28% ao ano. 

Cerca de 20 milhões de hectares da área cultivada no país são tratadas com produtos à base de vírus, bactérias, protozoários, fungos, insetos, ácaros e vermes de solo. Em faturamento (milhões de reais), o setor de biodefensivos teve incremento de 33% em 2021 frente a 2020, ganhando destaque os cultivos de soja, cana, milho, hortifruti, algodão e café (figura 2). 

Figura 2. Faturamento com a comercialização de defensivos e afins, em milhões de reais.

Fonte: Croplife Brasil (2021)

Buscando práticas sustentáveis para agricultura, o setor tem investido no desenvolvimento de produtos fitossanitários.

Expectativas

Um dos principais fatores para a adesão dos produtores aos produtos biológicos no manejo de pragas e doenças é o crescimento de oferta de produtos do gênero e o surgimento contínuo de inovações tecnológicas.

Além disso, a procura por aumento da produtividade, aliada à redução de custos e ao desenvolvimento de sistemas de plantio baseados em recursos sustentáveis, são alguns dos principais atrativos para o uso de bioinsumos que vem crescendo no Brasil.

Referências bibliográficas

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento [MAPA]. 2021. Brasil deve ser destaque mundial no uso de bioinsumos nos próximos anos. Disponível em: Brasil deve ser destaque mundial no uso de bioinsumos nos próximos anos

Croplife Brasil. 2021. Cresce a adoção de produtos biológicos pelos agricultores brasileiros. Disponível em: Cresce a adoção de produtos biológicos pelos agricultores brasileiros


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