Engenheiro agrônomo, formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, com mestrado e doutorado pela mesma universidade. É pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste e especialista em nutrição animal com enfoque nos seguintes temas: exigência e eficiência na produção animal, qualidade de produtos animais e soluções tecnológicas para produção sustentável.
Foto: Scot Consultoria
Mês de agosto,
Mês de quem gosto,
O vento venta,
A seca aperta.
E, mesmo na secura,
As flores do Ipê, teimosas,
Do branco ao rosa,
Desabrocham com doçura.
Contudo, por sede e fadiga,
Já há quem diga que,
Se nada mudar,
Em pouco tempo,
Esse encantamento
Pode acabar.
Como viciados,
No óleo dos Sheiks e do pré-sal,
Seguimos, resolutos,
A nos intoxicar…
Afinal, como podemos parar?
A atmosfera engrossa,
Esse cobertor sufoca,
Mas, ao arrepio do desafio enfrentar,
Encontramos alguém para culpar
Pobres bois,
Tranquilos a pastejar,
Tanto a nos dar,
Ficam de bode,
Quando, por nossos pecados,
Têm que expiar!
Ruminantes emitem, discretos,
Seu puro carbono,
Que a natureza sempre soube cuidar
O outro, tirado das profundezas,
Este sim, é o vilão,
Lentamente a nos matar
Insanos,
Culpamos a picanha,
E pouca gente estranha.
Acordem!
O mal sai por outros canos!
Como, desse Mundo, nada se joga fora,
Ou todo mundo colabora,
Ou faltará consolo para quem chora!
Bois, vacas e bezerros,
Sem erro,
Não tem culpa desse nosso desterro,
E podem, bem eles, com zelo,
Garantir-nos comida, fertilizante e tração,
Sendo, ainda, parte da solução.
Para aqueles que acusarem,
Disso tudo ser bobagem,
Certeza:
Nunca viram uma pastagem!
Muito menos uma integração,
Nem com árvore,
Nem com plantação.
Sem contar os consórcios,
Seres diferentes sendo sócios,
Dando-nos a lição que,
Como diz a canção,
“Um mais um é bem mais que dois”
E, assim, nem é um grande segredo que,
Fazendo o certo com a criação desde cedo,
Várias vidas podem passar que
Tudo ainda vai estar em seu lugar!
Pouco importa ser do campo ou da cidade,
Para entender que isso,
Por definição, é a tão almejada
Sustentabilidade!
Essa poesia é uma homenagem a todos os colegas, de ontem e de hoje, que escreveram, e escrevem, a história de sucesso da Embrapa Pecuária Sudeste. Neste 26 de agosto, nossa unidade celebra 47 anos, provando, com números, que a pecuária sustentável é possível.
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