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Scot Consultoria

O que esperar da exportação de carne bovina


Terça-feira, 23 de julho de 2024 - 06h00

Alcides Torres é engenheiro agrônomo, formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ, da Universidade de São Paulo, é diretor-fundador da Scot Consultoria. É analista e consultor de mercado, com atuação nas áreas de pecuária de corte, leite, grãos e insumos agropecuários. É palestrante, facilitador e moderador de eventos conectados ao agronegócio. Membro de Conselho Consultivo de empresas do setor e coordenador das ações gerais da Scot Consultoria.

Juliana Pila é zootecnista, formada pela Universidade Estadual Paulista-UNESP com MBA em Gestão de Negócios pela Pecege USP/Esalq. É editora-chefe da área de pecuária de leite e da Carta Leite. Pesquisadora e analista do mercado pecuário (boi gordo, leite, grãos, frangos, suínos e insumos para a atividade). Ministra palestras e treinamentos nas áreas de mercado de leite, boi gordo, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral.


Foto: Bela Magrela


Artigo originalmente publicado no Broadcast Agro, da Agência Estado.

Neste ano em quase todos os meses renovamos a notícia de recorde da exportação de carne bovina. Com isso, o primeiro semestre fechou com um excelente desempenho. 

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação de carne bovina in natura foi de 1,1 milhão de toneladas na primeira metade do ano. Isso representa um aumento de 29,1% em volume em relação a igual período de 2023. Ou seja, foi o maior volume para um primeiro semestre desde 1997. Veja a figura 1. 

Figura 1.
Exportação brasileira de carne bovina in natura, no primeiro semestre de cada ano, em mil toneladas.

Fonte: Secex / Elaborado por Scot Consultoria

A China é o principal destino. Até junho, os chineses compraram 59,5% da carne exportada. Na sequência aparecem os Emirados Árabes Unidos, com 9,8% de participação e os Estados Unidos, com 7,1%. 

Expectativas para o segundo semestre

Nos últimos 27 anos (de 1997 a 2023), em 23 deles o volume exportado de carne bovina in natura foi maior no segundo semestre comparado com a primeira metade do ano. O volume embarcado no segundo semestre foi, em média, 23% maior que no primeiro semestre.

Nos últimos dez anos, em apenas um (2016), o volume exportado foi menor nos últimos seis meses do ano.

Figura 2.
Variação, em porcentagem, do volume exportado de carne bovina in natura no segundo semestre frente ao primeiro semestre, por ano.

Fonte: Secex / Elaborado por Scot Consultoria 

Pelo histórico e pelos números de janeiro a junho deste ano, a expectativa é que os embarques continuem em ascensão daqui para frente. 

Em julho, a exportação de carne bovina in natura está com bom desempenho. Até a segunda semana foram embarcadas 109,6 mil toneladas, com uma média diária de 10,9 mil toneladas, superando o desempenho médio diário de julho de 2023 em 43,1%. 

Além das exportações maiores, costuma-se observar uma demanda melhor no mercado interno no período analisado. No último trimestre do ano tem-se as contratações temporárias e o recebimento do décimo terceiro salário, fatores que estimulam o consumo de carne. Além disso, este ano temos as eleições municipais, que traz um adicional de dinheiro ao mercado. 

Por fim, a expectativa para o segundo semestre é de bons volumes exportados, justificado pela sazonalidade histórica e amparada pela política cambial vigente. 


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