O ritmo dos embarques brasileiros de milho diminuiu em março.
Até a segunda semana do mês foram exportadas 463,3 mil toneladas do grão (MDIC)*.
O volume diário embarcado em março foi de 77,3 mil toneladas, uma queda de 58,7% e de 39,4% na comparação com janeiro e fevereiro deste ano, respectivamente. Veja a figura 1.
A queda das exportações nos últimos meses aumenta a pressão de baixa sobre as cotações no mercado interno.
Além da menor demanda estrangeira, a previsão de uma boa safra de verão e os estoques internos elevados tiram a sustentação do mercado.
A estimativa é de que o estoque no final de 2013 seja de 15,56 milhões de toneladas (Conab**). O maior já previsto.
Em Campo Mourão, no Paraná, os preços do milho caíram 16,7% de janeiro até o final da primeira quinzena de março.
É importante destacar que, mesmo com essas quedas, os preços vigentes (linha vermelha na figura 2) estão ligeiramente acima das cotações neste mesmo período do ano passado.
Em outras regiões, o milho também ficou mais barato. Em relação a janeiro as quedas foram de 11,4% em Campinas-SP, 4,0% em Dourados-MS, 5,4% em Sorriso-MT e de 4,8% no Triângulo Mineiro.
Considerações finais
Apesar das recentes quedas, as exportações brasileiras de milho devem se manter em um nível historicamente elevado.
A Conab estima que 15,0 milhões de toneladas já foram embarcadas em 2013.
Em curto e médio prazo o mercado monitorará o clima, o desenrolar da colheita na América do Sul, e o plantio da safra 2013/2014 nos Estados Unidos.O resultado da safra norte-americana será decisivo para a definição dos preços.
No ano passado, a quebra de produção nos Estados Unidos puxou para cima as cotações de milho e soja.
O plantio da safra norte-americana começou.
Em principio o clima está favorável na comparação com a temporada anterior.
* MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
** CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento.
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