O Brasil nunca vendeu tanto fertilizante como em 2013.
Segundo a Associação Nacional para Difusão dos Adubos (ANDA), no primeiro quadrimestre de 2013 foram entregues 7,2 milhões de toneladas ao consumidor, aumento de 4,7% frente ao resultado de 2012, no mesmo período.
Em dez anos o uso de adubo nas lavouras brasileiras cresceu 58,7%.
A expectativa para este ano é que as vendas fiquem entre 30,0 e 30,5 milhões de toneladas.
Produção e importação
A demanda é crescente mas, a produção nacional não passa dos 10,0 milhões de toneladas de fertilizantes ao ano. A dependência externa é grande.
Entre 2003 e 2013, considerando os quatro primeiros meses do ano, as importações cresceram 73,4%, atingindo 5,5 milhões de toneladas segundo o último resultado. Este ano, 76,5% de todo fertilizante entregue no país foi comprado de outros países.
Hora de comprar
Entre maio e abril os preços dos fertilizantes caíram, em média, 6,0%. A movimentação nestes meses é tímida. As vendas no primeiro semestre são menores. Historicamente, apenas 35,0% dos adubos são vendidos entre janeiro e julho. Abril é o mês de menor entrega.
O pico normalmente ocorre entre outubro e novembro. Figura 2.
Com o aumento gradual da demanda, a tendência é que as cotações subam nos próximos meses.
A figura 3, elaborada a partir das variações dos preços médios, desde 2008, evidencia o comportamento ao longo do ano. Note que a dinâmica é semelhante à da sazonalidade de vendas.
O mercado é regido pela procura dos produtores para o plantio da safra de grãos, no final do ano.
Antecipar as compras para quem já colheu e vendeu o milho de verão da safra 2012/2013, foi um bom negócio. A melhor relação de troca ocorreu em janeiro.
Para o sojicultor, o cenário da safra norte americana, com possibilidades de quebra devido aos recentes atrasos do plantio, valorizaram o grão e melhoraram a troca com fertilizantes em maio.
Por fim, as vendas deverão aumentar nos próximos meses. Maior demanda significa pressão de alta sobre as cotações.
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