Carta Leite - Demanda aquecida dá sustentação aos preços dos lácteos no mercado internacional

No último leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado no dia 3 de dezembro, os preços dos lácteos subiram em média 3,9% em relação ao leilão anterior (19/11).

Considerando todos os produtos negociados, o preço médio foi de U$$4.973,00 por tonelada.

Foram vendidas 51,99 toneladas de produtos lácteos, 0,6% menos na comparação com o volume negociado no leilão anterior, que foi de 52,29 toneladas.

Para o leite em pó integral o preço voltou a subir após três quedas consecutivas e atingiu US$5.035 por tonelada, uma alta de 3,4% frente à última quinzena e de 58,8% em relação ao mesmo período do ano passado (US$3.170 por tonelada). Veja na figura 1.

Com relação ao leite em pó desnatado, a alta frente ao último leilão foi de 5,6%. O produto ficou cotado em US$4.791 por tonelada. Em relação a 2012 os preços estão 42,5% maiores.

Apesar do aumento da produção na Nova Zelândia nos últimos meses, o mercado está firme. A demanda no mercado mundial, para entrega imediata, está aquecida e maior que a oferta.

Na Nova Zelândia, maior exportador do mundo, a captação de leite está subindo desde julho. É o período de safra. O pico de produção ocorre normalmente no último trimestre do ano.

Segundo a Associação de Laticínios da Nova Zelândia (DCANZ), o país produziu 2,61 bilhões de litros de leite em setembro, últimos dados divulgados, 7,4% mais em relação a igual mês de 2012. Veja a figura 2.

De janeiro a setembro a Nova Zelândia produziu 11,31 bilhões de litros.

Considerações finais

A demanda aquecida deverá manter os preços dos lácteos em patamares elevados no mercado internacional.

Pontualmente, o final do ano é um período de menor demanda e menor ritmo de negociação. Este fato poderá esfriar o mercado em dezembro deste ano e janeiro do ano que vem.

De qualquer maneira, a China e alguns países do Oriente Médio estão com uma demanda bastante aquecida.

Cabe destacar que foram verificados aumentos de preços também para os contratos futuros. A alta foi de 3,6% para os produtos lácteos com entrega em janeiro de 2014 e de 3,8% e 4,8% para entregas em fevereiro e março do ano que vem, respectivamente.

Para 2014 a expectativa é de aumento da produção de leite nos principais produtores mundiais.

A Nova Zelândia, a União Europeia e os Estados Unidos dão sinais de recuperação.