A balança comercial brasileira de lácteos fechou 2013 com déficit de US$491,68 milhões (MDIC). Este é o quinto ano consecutivo de queda (figura 1).
No entanto, na comparação com os dois anos anteriores o déficit caiu 3,1% e 8,2%, respectivamente.
Exportações
O Brasil exportou 27,23 mil toneladas de leite em pó, principal produto em 2013, alta de 4,6% frente as 26,04 mil toneladas registradas em 2012 (tabela 1).
O faturamento foi de US$58,33 milhões ou 62,2% do exportado no ano (US$93,83 milhões). Vale ressaltar que em dezembro o embarque foi de 4,27 mil toneladas de leite em pó, alta de 101,0% em relação a novembro e o maior valor apurado no ano.
Os maiores importadores frente a 2012 foram da Venezuela (20,8%), Arábia Saudita (45,9%) e Emirados Árabes Unidos (22,4%).
A importação feita por Angola e Trinidad e Tobago caíram 4,6% e 4,0%, respectivamente. Estes países ocupavam a terceira e a quarta posição, nessa ordem.
Importações
As importações brasileiras foram de US$585,52 milhões em 2013.
O leite em pó foi o produto mais importado, cuja quantidade foi de 78,62 mil toneladas. No entanto, em relação a 2012 houve queda de 24,5%. Naquele ano o Brasil importara 104,12 mil toneladas (tabela 2).
As despesas totalizaram US$327,69 milhões, o equivalente a 56,0% do total importado.
O maior exportador de leite em pó para o Brasil foi o Uruguai, cuja participação foi de 48,5% do total importado, seguido pela Argentina com 45,4% de participação.
Na comparação com 2012 a importação caiu 34,1% (Uruguai), 11,0% (Argentina) e 32,8% (Chile). Em 2013 os Estados Unidos entraram como quarto exportador de leite em pó do Brasil, entregando 677,00 toneladas.
Considerações finais
Com a expectativa de valorização do dólar os produtos lácteos brasileiros deverão ficar competitivos e favorecer a exportação.
Outro fator que deverá contribuir com as vendas externas é a expectativa de aumento da produção.
Embora a balança comercial de lácteos tenha fechado 2013 no vermelho, ela mostra sinais de recuperação frente a 2011 e 2012.
Para 2014, mesmo com a expectativa de redução das importações e aumento das exportações, o déficit da balança comercial de lácteos deve se manter negativo.
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