O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a produção norte-americana de milho em 2013/2014, cuja colheita está concluída.
A produção está estimada em 353,72 milhões de toneladas, 0,5% menos frente as 355,33 milhões de toneladas previstas no relatório anterior, publicado em dezembro do ano passado.
De qualquer maneira, em relação à safra 2012/2013, quando houve uma quebra de produção histórica, são 79,89 milhões de toneladas a mais.
O patamar de preços mais baixos em 2013 deverá repercutir na intenção de plantio nos Estados Unidos em 2014/2015. A semeadura começa em abril.As expectativas iniciais indicam redução da área plantada, em detrimento da área com soja, que mesmo com perspectivas de preços mais baixos na temporada, em função do aumento da oferta mundial, continuará com bons resultados.
Uma possível redução da área plantada e da produção poderia dar sustentação aos preços do grão no mercado internacional em 2014, e até mesmo no mercado brasileiro (pontualmente), pensando em aumento das exportações nacionais.
Para o mercado brasileiro, em curto e médio prazos a pressão de baixa deverá ganhar força, com o início da colheita da safra de verão ou primeira safra.
Os estoques de passagem em bom nível contribuem com o cenário de boa oferta neste começo de ano, mesmo com a esperada redução da produção na primeira safra.
Os estoques finais em 2013 estão estimados em 9,22 milhões de toneladas. Em 2012 eram de 5,51 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Para 2014 a estimativa é de que os estoques finais alcancem 16,67 milhões de toneladas. Ou seja, com relação à oferta a expectativa é de um ano de boa disponibilidade interna do grão.Em médio e longo prazos, o mercado deverá ficar de olho nas intenções de plantio da segunda safra e desempenho das exportações. As previsões iniciais indicam ligeira redução da área cultivada.
Com relação às exportações, estima-se que 18,00 milhões de toneladas sejam embarcadas em 2014, frente as 25,28 milhões de toneladas exportadas em 2013 (Conab).
Um cenário de menor oferta de milho nos Estados Unidos poderia puxar este volume para cima.
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