Após um período de preços praticamente estáveis, o preço do leite em pó integral caiu significativa no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado no dia 4 de março.
Na comparação com o leilão de 18 de fevereiro, a queda foi de 5,9%. A tonelada do ficou cotada, em média, em US$4.703,00.
Os preços dos demais lácteos comercializados através da plataforma também caíram.
Considerando a média de todos os produtos negociados, a tonelada ficou cotada em US$4.794,00.
A queda foi de 4,4% frente ao leilão anterior. Foi a segunda queda consecutiva. Veja figura 1.
O preço da manteiga em pó caiu 10,5% e o leite desnatado em pó, 2,6%.
Apesar das quedas, na comparação com o mesmo período do ano passado todos os preços dos produtos lácteos estão mais altos.
O destaque foi para o queijo cheddar e o leite em pó desnatado, cujos preços subiram 26,4% e 23,9%, respectivamente. Veja na tabela 1.
Produção de leite na Nova Zelândia
Em 2013, de acordo com a Associação de Laticínios da Nova Zelândia (DCANZ), o país produziu 20,14 bilhões de litros de leite, queda de 1,8% em relação aos 20,51 bilhões de litros produzidos em 2012. Primeira queda registrada desde 2009.
Apesar da queda na produção neozelandesa, a demanda no mercado mundial esteve aquecida ao longo de 2013, motivada principalmente pela demanda chinesa e em países do Oriente Médio.
Este fato deu sustentação às cotações dos lácteos ao longo do ano passado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As quedas dos preços dos lácteos no leilão GDT são ajustes pontuais e refletem o aumento da demanda pelos lácteos norte-americanos em detrimento dos produtos neozelandeses.
Aumentou a demanda pelos lácteos norte-americanos, cuja comercialização foi recorde em 2013, principalmente no segundo trimestre. O volume transacionado cresceu 31,0% em relação a 2012.
A demanda aquecida deverá manter os preços dos lácteos em patamares elevados no mercado internacional em médio e longo prazos.
A expectativa para este ano, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), é de aumento da produção mundial.
Colaborou Rafael Ribeiro, pesquisador da Scot Consultoria.
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