Após o represamento dos preços dos combustíveis aparentemente para conter a inflação, após as eleições foram anunciados ajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel.
Diante disso, desde outubro, conforme acompanhamento realizado pela Scot Consultoria, o óleo diesel subiu 5,0%.
Durante praticamente todo o restante do ano o preço médio oscilou ao redor de R$2,40/litro.
Isso terá impacto nos custos das atividades pecuárias intensivas e, principalmente, agrícolas, onde o uso de máquinas é intenso.
Os custos com combustíveis representam, aproximadamente, 50,0% do total gasto por hora com a operação de um trator agrícola de 75 cavalos.
Até dezembro, o custo horário deste equipamento, pelo efeito da alta do óleo diesel, subiu 2,50%, saindo de R$77,20/hora em outubro para R$79,13/hora.
Em janeiro, ao que tudo indica, o fazendeiro terá que lidar com, pelo menos, mais uma alta, a da mão-de-obra.
O Governo anunciou que em janeiro entrará em vigor o novo salário mínimo, cujo valor será de R$790,00, uma alta de 9,4%, três pontos percentuais acima da inflação medida pelo IPCA para os doze meses de 2014.
Por fim, se não houver um novo ajuste para os combustíveis - cenário que não deve ser descartado já que na refinaria a alta anunciada foi de 8,0 - o custo da hora máquina terá uma nova elevação de 2,23% em janeiro influenciado pelo salário mínimo.
Para finalizar, como exercício, se os preços do óleo diesel em janeiro completarem os 8,0% de alta, o custo da hora/máquina subirá 3,70%.
A necessidade de recomposição de caixa do setor de combustíveis do país poderá ser um problema e um "estímulo" a novas altas. A safra de grãos será colhida com os custos horários maiores para as operações mecanizadas.
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