A Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, referente aos primeiros três meses de 2015, foi publicada no final de junho.
No levantamento são considerados os laticínios com inspeção municipal, estadual e/ou federal.
No primeiro trimestre o volume de leite adquirido foi de 6,12 bilhões de litros, recuo de 1,0% em relação à captação do mesmo período do ano passado, que fora de 6,19 bilhões de litros.
Na comparação mês a mês com o ano passado, foi observado recuo em todos os períodos, resultado do menor investimento por causa das quedas de preços do leite no segundo semestre de 2014 (figura 1). O menor volume de chuvas em algumas regiões também provocou com a retração no volume.
Com a produção em queda, deu se início ao movimento de alta de preços do leite pago aos produtores, a partir de fevereiro.
De lá pra cá, a cotação subiu 7,4% e no pagamento de junho o produtor recebeu R$0,95 por litro, considerando a média nacional. No entanto, na variação anual o pecuarista está recebendo 3,9% menos.
Considerações finais
A produção brasileira de leite aumentou 0,6% entre maio e abril, de acordo com o Índice Scot Consultoria de Captação de Leite. A maior participação veio da região Sul, em período de safra.
Em algumas bacias leiteiras de São Paulo e Minas Gerais, o volume aumentou com a abertura dos silos e suplementação concentrada das vacas.
Para junho, os dados parciais apontam outra alta de 1,2% no volume de leite adquirido pelos laticínios (média nacional).
Com relação aos preços pagos aos produtores, a expectativa é de que a pressão altista perca força em curto e médio prazos, com a retomada da produção nas principais bacias de leite do país e à fraca demanda por derivados na ponta final da cadeia.
A expectativa é de preços firmes e em alta até o pagamento de agosto, mas os aumentos devem ser comedidos daqui para frente.
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