Com o tempo mais seco, a colheita do algodão avançou em Mato Grosso.
Até o final da primeira quinzena, 57,8% da área plantada no estado na segunda safra havia sido colhida. Os números são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).
Para o pecuarista, o avanço da colheita pode ser uma oportunidade para a compra do caroço. Os preços do insumo caíram nas últimas semanas.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Mato Grosso, o preço médio caiu de R$470,00 por tonelada em julho, para R$445,00 por tonelada em agosto, sem o frete. Veja a figura 1.
Apesar da queda, o pecuarista está pagando 1,1% mais pelo alimento concentrado na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em curto prazo, a maior disponibilidade no mercado interno, com a colheita avançando, deve pressionar para baixo as cotações. A colheita está em andamento também na região Nordeste.
No entanto, a menor produção pode limitar estes recuos.
Este ano foram semeados 429,35 mil hectares na segunda safra em Mato Grosso, 8,1% menos que na safra passada. A produção mato-grossense de caroço está estimada em 1,36 milhão de toneladas em 2014/2015, frente as 1,56 milhões de toneladas colhidas anteriormente.
No Brasil, a produção total está estimada 2,32 milhões de toneladas, 13,2% menos que na temporada passada.
Outro ponto que pode dar sustentação as cotações dos alimentos concentrados proteicos em curto e médio prazo é a alta de preço do farelo de soja.
Os preços do farelo de soja subiram acompanhando a valorização da soja grão e o bom ritmo das exportações.
A alta de preço do farelo de soja, puxou para cima as cotações do farelo de algodão.
Em Mato Grosso, os preços do farelo de algodão com 28% de proteína bruta subiram 1,1% em agosto, em relação a julho. A tonelada está cotada em R$626,07, de acordo com a Scot Consultoria.
Em São Paulo o farelo de algodão 28 está sendo vendido, em média, por R$670,71 por tonelada, uma alta mensal de 5,7%.
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