A balança comercial brasileira de lácteos fechou 2015 com déficit de US$96,61 milhões (MDIC).
Apesar de negativo, este foi o melhor resultado desde 2009. Veja a figura 1.
Exportação
Em 2015, a exportação brasileira de produtos lácteos foi de 73,61 mil toneladas. Na comparação com 2014, houve uma diminuição de 12,0% em volume.
O faturamento caiu 8,1%, de US$332,43 milhões em 2014 para US$305,52 milhões em 2015.
O principal produto exportado no ano passado foi o leite em pó, perfazendo 63,08 mil toneladas, uma queda de 6,5% na comparação com 2014.
A receita, porém, subiu de US$275,75 milhões para US$278,04 milhões entre um ano e outro.
Os maiores importadores, em valor, foram a Venezuela, com 77,8%, seguida da Arábia Saudita, com 4,2%, e Angola, com 3,6%.
O fornecimento para a Rússia que começou em 2014, resultado das barreiras impostas pelos russos aos Estados Unidos e países europeus, caiu em 2015. Os russos importaram 48,7% menos em volume e 49,2% menos em faturamento.
No caso da China, apesar da abertura do mercado para os lácteos brasileiros em setembro de 2015, não houve registro de embarques.
Importação
A importação aumentou 25,7% em volume em 2015, comparado com 2014, totalizando 134,28 mil toneladas de lácteos.
Porém, os gastos, foram 8,3% menores, totalizando US$402,13 milhões.
Os preços mais baixos no mercado internacional melhoraram a competitividade do produto importado, mesmo com o dólar valorizado frente ao real.
O leite em pó foi o produto mais importado. O Brasil importou 93,15 mil toneladas, num total de US$258,79 milhões.
Os maiores fornecedores, em valor, foram: a Argentina (43,3%), o Uruguai (43,2%) e os Estados Unidos (4,0%).
Considerações finais
Para 2016, as apostas com relação às exportações estão no dólar valorizado.
Com relação ao volume, porém, o cenário não deverá ser diferente de 2015.
Os incrementos previstos nos embarques para a Rússia podem ser prejudicados pela situação econômica do país. A economia chinesa tem perdido fôlego, e aparecia como mercado promissor.
A projeção para este ano é de que a balança comercial de lácteos continue negativa.
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