Os preços do milho têm se comportado de forma distinta.
No Centro-Oeste o mercado está firme, em função da falta de chuvas e dos efeitos sobre a segunda safra.
Já nas regiões Sudeste e Sul, as cotações caíram em abril, com o menor volume de negócios e da ligeira melhora da disponibilidade, com a colheita da safra de verão.
Um ponto importante é que nos patamares de preços vigentes no final de março e começo de abril, acima de R$50,00 por saca de 60 quilos na região de Campinas-SP, o mercado travou, com forte resistência da ponta compradora.
Atualmente, segundo levantamento da Scot Consultoria, os negócios ocorrem em R$48,00 por saca, para a entrega imediata, sem o frete.
O mercado futuro aponta para preços em queda a partir de maio, com o avanço da colheita da safrinha. Além disso, a queda na exportação e a expectativa de aumento da área semeada com milho nos Estados Unidos colaboram com este cenário.
Para o pecuarista em São Paulo, a relação de troca entre a arroba do boi gordo e o cereal melhorou 0,12% em abril, em relação a março, mas piorou na comparação com o mesmo período do ano passado. São 2,13 sacas a menos adquiridas com o valor de uma arroba de boi gordo no estado, em relação a abril de 2015. Veja a figura 2.
Para abril e maio, a expectativa é de mercando andando de lado, com forte influência do clima, em especial sobre as cotações no Centro-Oeste. Para quem precisa de milho para o segundo semestre, a sugestão é comprar a partir de maio, quando a pressão de alta deve perder força.
De qualquer maneira, a menor produtividade esperada em importantes regiões produtoras, como em Mato Grosso, é um fator limitante para as quedas nos preços nesta temporada.
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