A Associação Leite Brasil divulgou a lista com os quinze maiores laticínios brasileiros em 2016.
Participaram do levantamento a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), a Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), a Viva Lácteos, a Embrapa Gado de Leite e o G100 (Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios).
Em 2016, o volume de leite captado pelos quinze maiores laticínios brasileiros foi de 9,67 bilhões de litros, uma queda de 1,9% na comparação com a captação de 2015.
Esse cenário reflete a queda na produção no país e também os resultados econômicos ruins que pressionaram a pecuária leiteira, em decorrência do aumento do custo de produção e estreitamento da margem do produtor, que reduziu investimentos na atividade.
A capacidade instalada de processamento de leite destes quinze laticínios foi estimada em 16,11 bilhões de litros ao ano, ou seja, em média, a ociosidade foi de 40,0%. Em 2015, a ociosidade média foi de 37,9%.
Classificação das empresas
A Nestlé se manteve na primeira colocação, com 1,69 bilhão de litros captados. Na comparação com o ano anterior o volume captado em 2016 caiu 4,4%.
Em segundo lugar, a francesa Lactalis do Brasil fechou com 1,62 bilhão de litros captados em 2016, aumento de 1,9%.
Em terceiro e quarto lugares aparecem a CCPR/Itambé e o Laticínio Bela Vista, que mantiveram as posições.
O quinto colocado, foi o laticínio resultante da junção das cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal, cuja captação foi de 968,75 milhões de litros em 2016, um crescimento de 11,2% em relação ao ano anterior, foi o maior crescimento verificado entre as empresas listadas. Veja na tabela 1.
Outra empresa que se destacou foi a Jussara, que saiu da 10a. posição em 2015 para a 8a. colocação em 2016, com crescimento de 2,8%. Já a Vigor caiu três posições, estando na 11a. colocação, com decréscimo de 24,1%, fator esse explicado devido ao comportamento do mercado no ano passado de menor demanda interna, em especial de produtos de maior valor agregado que compõem grande parte do portfólio da empresa, e também de menor produção de leite cru no país.
Das quinze empresas do ranking, dez registraram queda na captação enquanto cinco ampliaram o volume captado para processamento.
Número de produtores de leite
O levantamento revelou uma queda no número de fornecedores que entregam matéria-prima a essas empresas analisadas.
Em 2016 o número de produtores caiu 8,2%, sendo um reflexo, em parte, da saída de pecuaristas da atividade em decorrência da redução das margens.
Considerações finais
Considerando os 23,17 bilhões de litros captados em 2016, segundo a Pesquisa Trimestral do Leite, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que contempla o volume captado e industrializado pelos estabelecimentos com inspeção municipal, estadual e/ou federal, a captação da Nestlé (primeira colocada) corresponde 7,3% do total.
Na figura 1, está a participação dos cinco maiores laticínios, em relação à produção formal.
A fatia de mercado dos cinco maiores laticínios correspondeu a 28,0% do volume de leite adquirido no país em 2016.
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