Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a colheita da safra norte-americana de milho começou.
Até o dia 10 de setembro, 5% da área semeada em 2017/2018 havia sido colhida.
O ritmo está igual ao mesmo período da safra passada e próximo da média das últimas cinco temporadas, cujo desempenho foi de 6% da área colhida até o começo de setembro.
As áreas produtoras de milho e soja foram pouco afetadas pelos furacões que atingiram os Estados Unidos no final de agosto e começo de setembro. Nos últimos relatórios de acompanhamento de situação das lavouras, o USDA manteve o cenário das semanas anteriores.
O Departamento estima que 61% das lavouras estejam em condições boas ou excelentes, 26% em condições medianas e 13% em condições ruins ou muito ruins.
No relatório de oferta e demanda de setembro, o USDA revisou para cima a produção norte-americana, estimada em 360,30 milhões de toneladas no ciclo atual, frente às 359,50 milhões de toneladas estimadas em agosto último.
De qualquer maneira, o volume está menor que as 384,78 milhões de toneladas colhidas na safra passada (2016/2017).
A expectativa é de revisões para baixo após a contabilidade dos prejuízos climáticos e do desenrolar da colheita. Esta questão poderá pontualmente dar sustentação às cotações.
Reflexo no mercado brasileiro
Com a colheita nos Estados Unidos e o aumento da disponibilidade do grão, a expectativa é de cotação em queda no mercado norte-americano em curto prazo.
Esta queda deverá favorecer a competitividade do milho norte-americano no mercado internacional, o que poderá, por sua vez, afetar a exportação brasileira.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em setembro/17 fecharam em US$3,41 por bushel (14/9), o equivalente a US$134,25 por tonelada.
O preço médio do milho exportado pelo Brasil em setembro (até a segunda semana) ficou em US$155,61 por tonelada.
A manutenção dessa queda nos preços do milho nos Estados Unidos dependerá do clima e do desenrolar da colheita.
No Brasil, a cotação está firme e em alta desde meados de agosto, devido a ponta vendedora retraída e a exportação em bons volumes.
A exportação somou 5,25 milhões de toneladas em agosto. A média diária foi de 228,57 mil toneladas.
Em setembro, até a segunda semana, a média diária foi de 301,24 mil toneladas. O volume está 31,8% maior que a média diária de agosto deste ano e 117,1% maior que em setembro do ano passado.
A expectativa de redução da área plantada na primeira safra 2017/2018 também ajuda na sustentação das cotações e projeta preços maiores no mercado brasileiro neste semestre e começo de 2018.
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