No dia 9 de novembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o relatório de oferta e demanda mundial de grãos.
Milho
A expectativa publicada é de que os Estados Unidos colham 370,29 milhões de toneladas na temporada 2017/2018. O volume foi revisado para cima, frente às 362,73 milhões de toneladas previstas anteriormente.
De qualquer maneira, a previsão estima uma colheita menor que as 384,78 milhões de toneladas colhidas em 2016/2017.
A colheita está em andamento. Até o dia 5 de novembro atingira 70% da área semeada, um atraso na comparação com a média das últimas cinco temporadas, cujo desempenho médio foi de 83% da área colhida.
Soja
Para a soja, o USDA fez uma ligeira revisão para baixo. A produção norte-americana foi estimada em 120,44 milhões de toneladas, frente as 120,58 milhões de toneladas estimadas no levantamento anterior.
Entretanto, o volume está maior que as 116,92 milhões de toneladas colhidas na safra passada.
Os Estados Unidos já colheram 90% da área semeada na temporada. O ritmo está próximo da média das últimas cinco temporadas, ou 91% da área colhida até o começo de novembro.
Os números positivos com relação a safra norte-americana 2017/2018 e o avanço da colheita nos Estados Unidos (apesar dos atrasos, no caso do milho) são fatores de baixa das cotações no mercado internacional em curto e médio prazos.
Brasil
A situação melhor de clima no Brasil, com as chuvas regulares e em maiores volumes no final de outubro e em novembro na região Centro-Oeste contribui para cenário de preços frouxos.
Soja
No Brasil, os fazendeiros estão semeando a safra 2017/2018. Com as recentes chuvas, os trabalhos avançaram, especialmente no Brasil Central onde a situação era crítica, e a expectativa é de que continuem a todo vapor nas próximas semanas.
Com relação às cotações, o câmbio tem sido o principal fator de variação nos preços, depois que o clima se normalizou.
Com relação à produção, apesar do incremento da área semeada na temporada, entre 2,1% e 4,2%, a quebra deverá ser entre 4,8% e 6,7% menor, estimada entre 106,44 milhões e 108,64 milhões de toneladas, por causa da redução na produtividade média em 9,6% em relação a 2016/2017.
A Scot Consultoria estima que por volta de 70% da área foi semeada até meados de novembro.
Milho
Para o milho de primeira safra, a expectativa é de redução na área entre 7,5% e 11,5%, em relação ao ciclo anterior, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O rendimento médio das lavouras deverá cair 8,7% na safra atual, em função do clima menos favorável.
A produção está estimada entre 24,46 milhões e 25,88 milhões de toneladas, frente as 30,46 milhões de toneladas colhidas na safra de verão ou primeira safra 2016/2017.
A redução na área com milho de verão e a exportação são os fatores de sustentação dos preços no mercado brasileiro.
A expectativa é de mercado firme no mercado interno até o início de 2018. Porém, é importante destacar que apesar do viés de alta, os estoques maiores deverão limitar os aumentos na temporada.
A Conab estima em 19,20 milhões de toneladas os estoques finais em 2016/2017 e 24,09 milhões de toneladas ao final de 2017/2018. Para uma comparação, em 2015/2016, quando os preços dispararam, os estoques finais eram de 6,959 milhões de toneladas.
No caso da soja, os preços no mercado brasileiro deverão continuar acompanhando o câmbio e o as questões climáticas, no Brasil e nos Estados Unidos.
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