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Carta Grãos - Milho: de olho na safra de verão e desenrolar da semeadura da segunda safra


Quarta-feira, 17 de janeiro de 2018 - 11h00

 

Mercado de milho frouxo neste início de ano.

A oferta aumentou, ao passo que a demanda está lenta.

Com relação às exportações, por exemplo, na primeira semana de janeiro, os embarques foram, em média, de 105,10 mil toneladas por dia (MDIC).

Na média até a segunda semana o volume aumentou, ficando em 165,04 mil toneladas por dia, mas ainda assim foi menor em relação a dezembro/17, quando foram exportadas, diariamente, em média, 199,70 mil toneladas.

Outro fator que colaborou com a frouxidão foi a revisão para cima da produção brasileira em 2017/2018.

No relatório de janeiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aumentou em 0,4% a área com a cultura na safra de verão, frente ao levantamento anterior, mas ainda assim a área é 9,2% menor na comparação com o ciclo passado.

A produtividade média também foi revisada ligeiramente para cima (+0,1%), frente ao relatório anterior.

Com isso, a produção estimada aumentou. O Brasil deverá colher 25,17 milhões de toneladas, frente às 25,05 milhões estimadas anteriormente para a primeira safra.

As revisões foram em função do clima favorável em importantes regiões produtoras no Paraná, Sudeste e Centro-Oeste. Entretanto, é importante destacar que o volume previsto é 17,3% menor que o colhido na safra passada.

Para a segunda safra estão previstas 67,17 milhões de toneladas, frente as 67,38 milhões de toneladas colhidas anteriormente.

No total, o país deverá colher 92,35 milhões de toneladas em 2017/2018. Este volume é 5,6% menor ou 5,49 milhões de toneladas a menos, em relação a 2016/2017. Veja a tabela 1.

Além do cenário de preços frouxos no mercado físico, as cotações no mercado futuro caíram, com o clima favorável nesta reta final que antecede a colheita.

Por exemplo, na B3 (antiga BM&F), os contratos com vencimento em março/18, que chegaram a ser negociados acima de R$33,50 por saca em dezembro/17, fecharam cotados em R$31,87 por saca no dia 16/1. Veja a figura 1.

Em curto e médio prazos, considerando clima favorável, a expectativa é de mercado frouxo, conforme avança a colheita da safra de verão.

A partir de meados de fevereiro para março, os preços dependerão do desenrolar da safra de inverno, não estando descartado um cenário de preços firmes.

Revisões para baixo da produção poderão dar sustentação às cotações pontualmente, mas lembrando que o estoque interno maior nesta temporada é um fator limitante para as altas de preços.

 

 


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