As exportações brasileiras de milho aumentaram, mês a mês, desde junho.
Em setembro, até a segunda semana, a média diária embarcada foi de 171,00 mil toneladas, 35,7% maior que a média de agosto (MDIC).
Entretanto, apesar do desempenho crescente e, com o câmbio favorecendo os embarques, os volumes mensais foram menores na comparação com o mesmo período do ano passado.
Figura 1.
Exportações brasileiras de milho grão em 2017 e 2018*, volumes mensais, em milhões de toneladas.
Fonte: MDIC / Elaborado pela Scot Consultoria
O milho brasileiro está menos competitivo no mercado internacional, em função da elevação da cotação no mercado interno, decorrentes da menor produção em 2017/2018.
Para uma comparação, em setembro deste ano, o preço médio da tonelada exportada foi de US$175,61, 13,4% acima dos US$154,81 por tonelada no mesmo mês de 2017.
Expectativas
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o país exportará 25,50 milhões de toneladas este ano, frente ao recorde em 2017, de 30,84 milhões de toneladas.
Para atingir a estimativa de 25,50 milhões de toneladas a exportação deverá ser em média, de 3,93 milhões de toneladas por mês de setembro a dezembro.
Para uma comparação, neste mesmo período de 2017 a média embarcada por mês fora de 4,61 milhões de toneladas do cereal.
Considerando o dólar valorizado frente ao real e à boa disponibilidade interna (colheita da segunda safra concluída) os embarques deverão seguir em bons volumes nos próximos meses, mas abaixo dos patamares de 2017.
Considerações finais
Em setembro, o aumento da disponibilidade interna, com a colheita da segunda safra concluída, e maior intenção do produtor em vender, tiraram a sustentação das cotações no mercado interno, em moeda nacional.
No entanto, as quedas foram limitadas pelos estoques menores (menor produção em 2017/2018) e pela exportação.
Este deverá ser o cenário em curto prazo.
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