De acordo com a planilha de custos da Scot Consultoria, a suplementação compõe cerca de 40% dos custos operacionais da pecuária (figura 1). Para ter acesso as planilhas de custos da Scot Consultoria clique aqui.
A participação da suplementação nos custos operacionais efetivos evidencia a importância do planejamento para a aquisição de suplemento.
Veja a sazonalidade e os fatores que afetam o comportamento da cotação do suplemento mineral.
Comportamento do preço do suplemento mineral
Sazonalmente, no Brasil, a oferta de forragem é maior no primeiro semestre e, devido as condições climáticas desfavoráveis, a oferta de capim é menor na segunda metade do ano.
Com a maior capacidade de suporte das pastagens, parte dos pecuaristas reduzem a quantidade de suplementação para os bovinos durante o primeiro semestre. Não entraremos no mérito de qual a melhor estratégia para o manejo nutricional nas estações de seca e água!
Com isso, observa-se que, dentro do ano, a demanda por suplemento mineral é maior no segundo semestre, o que repercute nas cotações do produto. Veja na figura 1 esse comportamento no período de 2008 a 2018.
Figura 1.
Variação de 2008 a 2018 da cotação do suplemento mineral com 90g de fósforo; jan = base 100
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
Fica evidente que a relação entre a demanda e a oferta de suplemento mineral impacta na cotação do produto, entretanto, nem sempre esta relação são os fatores que determinam o rumo das cotações.
Em 2008, por exemplo, o aumento significativo do uso de fertilizantes na agricultura brasileira, e consequentemente dos preços, impactou diretamente na cotação dos suplementos minerais (figura 2).
Isso ocorreu porque os fertilizantes, entre outras matérias primas, consomem ácido fosfórico, que também é utilizado na fabricação de fosfato bicálcico, que por sua vez compõe boa parte das formulações dos suplementos minerais.
Figura 2.
Variação da cotação da arroba do boi gordo (São Paulo), do suplemento mineral, fosfato bicálcico e do super triplo. jan/2008 = base 100
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
A maior parte do ácido fosfórico vai para a produção de fertilizantes, o que faz com que o mercado de suplementos minerais fique suscetível ao comportamento do mercado agrícola.
O câmbio é outro fator que afeta os preços do suplemento mineral. Boa parte dos fertilizantes são importados, e a variação cambial interfere na cotação dos fertilizantes e, por conseguinte, dos suplementos minerais.
Por fim, para saber sobre o comportamento dos preços dos suplementos minerais, é recomendável considerar tanto a demanda pelo suplemento como também a demanda pela matéria-prima dos suplementos, como o fósforo, por exemplo.
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