A suplementação com fósforo é fundamental para os bovinos devido, principalmente, à deficiência deste mineral nas pastagens tropicais.
O fosfato bicálcico é a principal fonte de fósforo nos suplementos minerais e, devido ao seu preço, pode responder por 75% a 85% do custo final de uma mistura de suplemento mineral, segundo a Embrapa. (https://bit.ly/2Zkf5Ac)
Em São Paulo, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, a tonelada do fosfato bicálcico está cotada, em média, em R$2,45 mil, alta de 2,1% em relação a abril.
Porém, na comparação ano a ano, o produto está custando 6,3% menos.
Os recuos estão associados ao menor patamar do dólar comparativamente com o primeiro semestre de 2018, mas principalmente devido as quedas nas cotações no mercado de fertilizantes, que é o balizador neste caso, em função da maior representatividade em termos de demanda pelo nutriente.
Figura 1.
Relação do preço do Fosfato Bicálcico (saco de 50kg) o dólar (preços deflacionados).
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
Esse patamar mais baixo de preços do fosfato bicálcico poderá refletir em preços menores este ano para os suplementos minerais utilizados nas rações dos bovinos.
Considerando essa época do ano, de redução das chuvas nos próximos meses e perda da qualidade do capim, a suplementação é necessária para evitar a perda de peso dos animais e diminuir os impactos do período seco do ano sobre o desempenho dos bovinos.
Na figura 2, apresentamos os preços médios do fosfato bicálcico e dois exemplos de suplementos minerais cuja concentração de fosfato bicálcico é de 20% e 30% da composição.
Observe que a correlação entre os preços é grande. Ou seja, as variações das cotações do fosfato tende a impactar nos preços dos suplementos minerais.
Figura 2.
Relação do preço do fosfato bicálcico com o preço dos suplementos minerais deflacionados
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
Além do fosfato, no caso dos sistemas intensivos, que consomem suplementação mineral proteica ou energética, por exemplo, o farelo de soja e o milho também deverão pesar menos no custo final dos produtos.
As boas expectativas com relação à segunda safra de milho brasileira, que tem levado a revisões para cima da produtividade média, estão pressionando os preços do grão.
No caso do farelo de soja, o câmbio e incertezas com relação a demanda têm impactado menos nos preços em reais, diferentemente do ano passado.
Considerações finais
A somatória desses três fatores tende a baratear os custos com a suplementação e podem incentivar a utilização dos produtos durante a época seca do ano.
É importante ficar atento ao câmbio (dólar) e outros fatores, como o clima, pensando na demanda por suplementos minerais, que podem influenciar nas cotações nos próximos meses.
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